Epigologo

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Aisha Bernardi 🍫.
Rio de janeiro, complexo do Lins.

Isso parecia um inferno, os tiros e os gritos por toda viela machucava o meu coração, eu estava com medo. Era invasão de outro comando, eles estavam atrás da Samantha. Eu sabia a merda que era fica com ela, ela mesma disse que não me queria com ela. Não, mas eu não ia abandonar a pessoa que nunca me abandonou. Na dor ou na vitória, eu ia ficar. Quando você ama, você cuida.

Você fica ao lado na dor ou na alegria, esse hospital estava um inferno. Meu coração doía a escuta os gritos desesperados dos bebês na maternidade da upa do complexo do Lins, era um inferno. Meu coração estava na mão com meu marido lá fora! Levando bala por escolha dele, ele troca bala por escolha dele. Eu nunca vou culpa alguém pelas atitudes dele, nunca. Mais dói pra caramba, engoli o choro respirando fundo.

Samantha estava descordada fazia doze horas, a trocação de tiro começou ontem a noite assim que a festa do meus filhos acabaram. Talibã me disse assim " Entre a morte a sua proteção, eu me entrego a bela equivoção do mal"
Meu peito chora, a maioria da vida que nós carregamos juntos. Abracei meu corpo escutando o barulho dos tiros ecoando por todo hospital, meu pensamento era só oração.

Samantha: Aisha! Aisha, eu vou perder meu bebê – Acordou chorando gritando meu nome, corri na sua direção negando com a cabeça abraçando seu corpo.

– Oi! Oi, não vai amor! Vamos proteger esse neném – Murmurei olhando pra baixo vendo um curto volume na sua barriga, seu coração estava acelerado. Eu acalmei ela, é aos poucos só se escutava o barulho de nossas respirações e o terrível barulho dos tiros.

Samantha: Me desculpa! Eu não sabia que tudo que eu fiz ia causar isso tudo – Chora, seu rosto estava vermelho e o cabelo loiro preso.

Ah Samantha, se envolver com rival e engravidar dele não ia causar essa proporção? Como que não ia? Pela quantidade de meses que ela está, seria o impossível ela está grávida do mestre. O tal rival descobriu a traição dela pelo os dois lado dos comandos, qual é o motivo disso tudo? Um bebê inocente não tem culpa.

– Eu me pergunto porque Samantha? A pica que você tinha não te satisfez? Tinha mesmo que ir atrás de uma que levasse adrenalina né? – Perguntei olhando dentro do seus olhos, Samantha não me soube responder.

Quem saberia me responder? Afinal, ela foi mulher insuficiente para ficar com o que já tinha. Samantha nunca foi infeliz, de uns tempos pra cá ela se tornou-se assim incapaz de se reconhece por si própria. Se envolveu no tráfico, 171, roubo, homicídio. E mesmo assim seu réu primário está limpo, a culpa caiu em cima de quem já tem ficha.

– Aquela música né "Mulher casada mata mais que revólver" –  Disse baixinho, suspeitei o barulho na porta da sala.

Samantha: São eles, me desculpa Aisha, me desculpa. Eu preciso que você se esconda – Neguei com a cabeça, olhando ela que me olhava com os olhos frios é sombrios.

– Tá maluca porra? Vamos comigo por favor! – Explodi colocando a mão na cabeça, Samantha arrancou o negócio do braço me olhando com um sorriso falso.

Samantha: Não. Se esconde por favor, pelos seus filhos – Mandou, eu podia ignora. Mas meus filhos precisa de mim, assim como o dela também. Mas aparece que ela não liga pro nenê que ela carrega dentro da barriga, olhei sua barriga negando com a cabeça.

– Sua vida vai depender de hoje Samantha, escolha a resposta certa – peguei meu celular e me escondi dentro de um armário de ferro cheios de medicamento.

Dentro daquele armário de ferro cinza, pelo um curto espaço eu podia ver tudo que acontecia dentro do quarto, Samantha estava em pé e aflita seu rosto estava vermelho e possivelmente ela estaria chorando, seu corpo estava completamente tenso e sua mão esquerda estava na barriga como se tentasse proteger o bebê que estava ali dentro. Não demorou muito, um homem alto entrar no quarto.

Samantha: O que você quer Nathanael? Eu disse que acabou!! – Falou brava se afastando, o tal Nathanael se aproximou rapidamente agarrando seu cabelo com força, fazendo ela gritar de dor.

Nathanael: Quem decide se acabou ou não, sou eu loirinha – Suas palavras fazia a Samantha tremer de dor, engoli saliva sentindo minhas lágrimas escorrer pelo meu rosto.

Samantha: Porque eu? Tantas meninas naquele baile, porque você tinha que me escolher? Eu não merecia um terço das sua mentiras, eu só queria viver a minha vida, sem obstáculos. Mais você chegou e atrapalhou tudo! Você é um monstro – Praguejou cuspindo na cara dele, no mesmo estante fechei meus olhos mordendo meu lábio com força escutando o barulho do tapa estalando.

Nathanael: Vagabunda! Você que chegou em mim, quer enganar quem vadia? Gostosa desse jeito, jogava a bunda na minha intenção é o monstro sou eu? É o feto? Tirou? Eu sou casado, sou feliz com a minha mulher. Você só foi uma brincadeira besta, meu casamento estava em crise. Pois se não tivesse eu nunca tinha metido meu pau em você!! Eu não quero essa aberração enchendo o saco revoltado – Disse alto, jogando-a no chão, fazendo sua cabeça bater contra uma parte de metal da cama.

Samantha: NUNCA vou aborta, quem tinha que se abortado era você! Um nojento, pobre e soca fofo do caralho – Disse rindo da cara dele fazendo em que ele lhe olhe rapidamente, ficando bravo.

Nathanael: Merda! – Aparti daquele momento, eu só fechei os olhos e tampei meus ouvidos.

O barulho dos ossos da Samantha sendo quebrado acabou comigo, o pior barulho entre os tapas e socos foi quando ele possivelmente chutou a barriga dela com muita força fazendo em que ela gritasse tão alto fazendo-a a ficar sem voz. Meu peito doeu tanto, tanto. Que me fez chorar sozinha, enquanto ele já havia indo a muito tempo. Não tive coragem de sair e ver ela toda machucada, mas eu sair, fui forte e vi ela ali.

– Oh minha menina, eu te avisei, dava tempo de nós duas sairmos daqui ilesas mas você quis ser forte por si mesma – Falei me aproximando de seu corpo no chão, o sangue estava por todo lugar.

Seus olhos inchados é vermelho na verdade estava começando a ficar roxo, sua mão sobre a barriga apertava levemente como se tivesse se despedindo do bebê que estava ali, ou esteve ali. Samantha chorava baixinho, eu não sabia o que fazer. A upa estava vazia, óbvio que estaria. A noite já havia chegado outra vez, me levantei e abrir o armário pegando algumas coisas pra fazer os primeiros socorros.

Samantha: Eu perdi meu bebê, Aisha! Eu perdi meu filho por culpa minha. Deus me perdoe por tudo – Disse com dificuldade, limpei seu rosto com cuidado e lhe ajudei a se ajeitar escutando seus gritos de dor.

A noite passou tudo se acalmou naquela noite, ninguém sabia onde nós estávamos. Até que uma pessoa em si nos achou, Talibã. Eu vi a minha amiga sair daqui da upa pra um hospital na barra sem possibilidade de sobreviver, eu vi ela perdendo o bebê dela e não podendo fazer nada porque uma ambulância não ia subi o morro.
 
–   Amor, eu não consegui fazer a laqueadura naquele dia, talvez um dia eu engravide e me desculpe a deus por não querer ver minha amiga em cima de uma cama de hospital dependendo de todos pra tudo, quem sabia eu deixe se der egoísta pagando pelo meus pecados?! – Confessei sentindo meu peito arde vendo o sangue da minha amiga nas minhas mãos.

Talibã: Tudo bem, amor. Ei, preta. Olha pra mim, a escolha foi dela! Ela vai aguentar, por nós e por ela – Murmurou engolindo em seco me abraçando, depois daquela noite muita coisa mudou.

Eu sabia que eu amava ela, mas eu não sabia se ela me amava. Eu tinha uma única certeza, ela nunca seria a mesma.... Talibã e eu fomos embora pra casa, deixando a nova amiga da Samantha assumir o lugar. Eu me sentia culpada por tudo, mas eu sabia que não era a minha culpa. A final, nem tudo pode acontecer como nós queremos. Apenas só deus sabemos do que irá acontecer.

Talibã: Bora pra casa pretinha, você precisa descansar – Concordei com a cabeça, é vamos assim pra ir pra casa.

A noite passou, é as coisas não paravam de vir na minha mente, eu só queira entender porque? Porque meu deus? Fechei meus olhos e abracei meu amor, sentir o calor de seus braços, respirei um bom ar e descansei. Em Pensar que anos atrás, eu desejava a morte dele porque vi ele beijando outra me dá vontade de dá risada, apertei seu abraço e dormir pensando que os anos irá se passar e a gente vai está lá. Juntos!

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Meta: 90

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