Capítulo 79

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Talibã
Florença, Itália 📍

Eu nem era fã dessa família tá ligado? Essa puta que se acham minhas primas são um pé no saco, filha dos outros filhos do meu avô, fora do casamento. Papo reto mermo? Por mim eu estava em casa, dormindo ou assistindo desenho com a Alicia. Ainda mas nesse horário, colocaria um desenho de dormi, pronto. Pronto não, tem que cantar a música pra ela.

Lambo meu lábio atraindo o olhar intensivo da Aisha, seus olhos estão lindamente perfeitos. Escorrego minha mão direita por baixo da mesa, segurando a taça de vinho com a mão esquerda. Meu paladar explode com o gosto forte do vinho seco que desce rasgando mas aliviando o gosto fraco do tempero do peixe, solto a taça em cima da mesa com a maior delicadeza.

Minha madrinha tinha feito umas das comidas mas preferidas do velho Bianchi, moqueca de peixe leite de coco e azeite de dendê. Acompanhado de um bom vinho seco, confesso que eu não era muito fã de vinho. Acho que a cachaça mineira acompanharia melhor a ocasião, pelo menos todos ficariam bêbados menos Aisha e Jeniffer, e não me incomodaria em nada, apenas se iria transar.

Janaína: Bom, papai. Eu te convidei para dizer que Aisha e a Talibã. Estão pra marca o casamento – Amara se engasga com a própria comida, bebendo o resto do vinho.

– Não me importaria se o velho não fosse, rio de janeiro está muito quente. A pressão pode elevar – Dou os ombros alisando a coxa grossa da minha pretinha, subi com delicadeza o tecido fino do vestido longo que dificulta meu trabalho.

Aisha: Claro que não! Se for necessário, nós iremos casar aqui pela Itália. Afinal, não será algo grandioso – Sim, será. Porra, mandei convidar geral.

– É vovô não será algo grandioso – Digo olhando para a Aisha que sorri feliz, o que não é tão verdadeiro assim. Até uma piroca de plástico seria mas realista do que esse sorriso, Reviro meus olhos subindo minha mão sentindo o pouco tecido da calcinha.

Trice; Eu irei, irei ficar pelo Lins mesmo. Faz tempos que não conheço o quarto do meu priminho favorito – Debocho dela.

– Eu não te convidei, pode ter certeza disso – Sorrio largamente feliz por isso, mina abusada do caralho. Folgada!

Aisha: Pro casamento foi, agora pro quarto quem sabe em outras vidas – Diz seria, balanço a cabeça concordando com ela.

Trice: Uma brincadeira entre primos, Aisha – Diz levantando o olhar que não intimida nem um rato anã.

Aisha: Não perguntei, apenas avisei – dou risada olhando a Pyetra que ficou boqueaberta.

Amara: Fico feliz primo – Fala baixo voltando a comer.

Amara sempre teve uma paixão por mim, não que desce bola. Na primeira oportunidade que tive, lhe avisei que nada aconteceria. Não por ela ser minha prima, é sim por que Aisha já estava a muitos anos na minha vida. Amara, é alta, cabelos longos e cacheados. A morena, é os olhos azuis. Assim como sua irmã, Antônia. Tônia, é lésbica.

Já Beatrice, sempre foi a qual nunca me tirou um sorriso sincero. Sempre lhe odiei, pelo fato simples de se achar no direito de falar coisas desnecessária de mulheres como ela. Burra, Beatrice é um ano mas nova, vinte e seis anos. Com mentalidade sádica de seis, o que sempre irritou nela. Minha implicância, sempre foi pelo jeito em que ela tratava minha irmã.

Antônia: Eu também, você é muito linda para meu primo – Sorri maliciosamente, Aisha lhe encara com uma sobrancelha arqueada revirando os olhos sutilmente.

– Então, vovô. – Mudo meu assunto, olhando o velho grisalho na ponta da mesa. Babilônia, estava aqui e quieto. A tantas horas sem nenhuma piada, assim como o rosto abalado.

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