Capítulo 73

4.4K 336 31
                                    

Talibã
Florença, Itália

Porra tô mó feliz cara, tô sorrindo atoa. Quando a Aisha pariu as três crianças ela teve ameaça de eclâmpsia. Num entendi os bagulho que a doutora falou não tá ligado? Porra só vi Jesus na minha frente, rezei pra caralho. Falei que mermo eu não merecendo, meus mereciam pô. Eu mal sei cuidar de mim, imagina de quatro crianças?

Mas deu tudo certo, o que mais deu certo foi ver a aurora sorrindo no seu primeiro dia de vida. Essa aí Acordou é pensou altos bagulho quando viu o quarto, tudo bonitinho pô. Os bagulho com os nomes deles é tudo, até fotografo tinha pra tirar a foto do quarto que das crianças eu num liberei nem fodendo, porra. Meus filhos nem nasceu já que meter a câmera na cara, mete no cu que sai mas lucros.

Talibã: Coé mim dei bem pra caralho. Nasci na Itália, papai italiano. Ih, fi tô feita mané.– Falo sorrindo segurando Aurora, enquanto Encaro meus príncipes lindões mamando nos meus peitões.

Aisha: Olha o sorrisinho dela, amor – Fala toda besta, nega demorou acorda. Hoje já é dia quatro de março, ela ficou doze horas dormindo.

– Ela é a tua cara, mó cara de gananciosa. – Dou risada balançando a cachinhos no colo, suspiro fundo escutando ela arrotar fazendo o barulhinho mó gostoso.

Aisha: Me pouque – Revira os olhos virando o rosto pra janela, aqui em Florença clima mó chuvoso, fiquei mó tempão aqui no hospital esperando ela acordar.

– Tô brincando pô – Sorri de lado, piscando pra ela.

Aisha: Cadê todo mundo? – Pergunta desviando seu olhar para porta na esperança de alguém entrar.

Samantha teve que volta pro Rio hoje cedo, os cara tão atrás de alguém próximo a ela. Foram logo nos coroa dela, papo reto? A mina tá pistola, Babilônia e o mestre nem vieram ontem de madrugada. Ficaram por lá recebendo os carregamento de armas os bagulho tudo pra deixar nos forte.

– Tá mó frio lá fora, tu vai sair daqui amanhã de noite. Falei pra eles ficarem em casa pô – Minto. Jeniffer tá preocupada com o Babilônia, chorou a madrugada inteira é tá no hospital. A Pyetra tá com ela, e a minha madrinha ficou com a Alicia.

Aisha: Não mente pra mim, fala a verdade. A verdade machuca menos do que a mentira – Suspiro fundo, me ajeito balançando a Aurora com cuidado no colo, fecho os olhos ficando em silêncio.

As vezes precisamos omitir a verdade para a segurança. Confesso que muitas coisas doerá, muitas coisas machucará mas do que imaginamos, eu prefiro assim. Se eles estiverem bem, o resto que se foda. Se ela vai ou não ficar com raiva de mim, não me importo. Apenas se ela estiver aqui na Itália com segurança, eu entrego a minha vida sem pensar três vezes!

– Jeniffer tá em trabalho de parto – Murmuro baixo, me aproximando do bagulho que colocava os bebês para pode colocar a Aurora pra dormi.

Aisha: Como assim? O que está acontecendo. Eu dormi quantas horas? – Umideço meus lábios, coloco as mãos no bolso da calça levantando meu olhar que se cruza com os delas.

Ela estava linda mesmod depois de tantas coisas que ela passou no parto, o cabelo em um coque mal feito é os olhos brilhantes mesmo com toda a dor que deve está sentindo. A camisola rosinha de amamentação sobressai no seu corpo mesmo com dois meninos agarrados em seus seios mamando

Eu não sabia como conta nenhum pouco das coisas que aconteceram durante o tempo em que ela descansou, foram doze horas. Grandes doze horas, ameaças de morte. Tiroteio na favela, é o pior de tudo? A mãe dela no meio de tudo, eu sabia que a vagabunda não ia deixar barato. Ainda tinha a múmia da Jussara ameaçando a tanta coisa, que eu tô explodindo.

– Doze horas pô, aconteceu uns bagulho que tu não precisa saber tá ligada?! Tua amiga deve ter ganhado já a cria dela – Mudo o assunto.

Aisha: Hurum, você já registrou eles?! – Pergunta erguendo a sobrancelha feitinha, balanço a cabeça negando com a cabeça.

– Tô esperando tu poder descer pra assinar uns bagulho lá – Falo me aproximar da cama, encosto a cabeça do bagulho da cama olhando ela terminar de amamentar as crianças.

Aisha:  Eu estou tão cansada – Fecha os olhos bocejando, beijo sua testa alisando seu braço.

– Eu tô de boa se tu quiser me dar as crianças pra arrotar – Pego o Bryan que tem o olhar mais puxadinho pro castanho bem mel igual o da minha madrinha. Faltou pouco pra ser iguais aos meus, coloquei ele pra arrotar é dormi enquanto Aisha fazia o mesmo com o Caíque.

***

Acordei cedinho ajudei a Aisha com os bebês, liguei prós moleque lá no Brasil.
Fiquei sabendo dos bagulho que está acontecendo por lá. Hoje cedo o helicóptero da polícia tava rondando lá por cima do Lins, papo reto? Eles querem um deslize. É eles vão ter, so que na ideia dela vagabundo como nois é bobo, de bobo só a mão mermo.

Fechei as coisas da Aisha deixando separado só seu celular e o casaco que ela iria usar. Achei que ela ia ser liberada hoje pela noite, mas pela manhã a médica assinou a alta delas é das crianças. Desci com ela mas cedo assinei os papéis e registrei as crianças, papo reto mas que feliz.

"Ela me faz bem mesmo quando a vida me faz triste"

Aisha: Como que eu estou? – Pergunta na dúvida, o vestido longo marcava um pouco a barriga com um pouquinho de volume. O cabelo cacheado enomer, cresceu pra caralho na gravidez.

– Gostosa, linda, nem van Gogh poderia explicar a obra de arte que é quando você sorri – Me aproximo dela com um sorriso de lado nos lábios, puxo seu corpo com cuidado contra o meu agarrando seu queixo com cuidado.

Aisha: Eu sei que nada pra sempre, mas o que rola entre a gente é de deixar com água na boca – Cantarola baixinho colocando os braços no meu pescoço, dou um selinho demorado na sua boca olhando o sorriso lindo dela.

– O tempo é rápido demais – Murmuro baixo descendo a minha mão pela sua cintura apertando com cuidado, chegando na sua bunda.

Aisha: Amor....– Nega com a cabeça balançando os cachinhos formados deixando o cheirinho gostoso pra caralho, assim como o cheiro do seu perfume por todo quarto.

– Qualfoi? Tô fazendo nada – Brinco com a calcinha dela por cima do vestido, nos estava só esperando a enfermeira trazer os bagulho pra dar banho nas crianças.

Aisha: Posso de passar uma cantada não cantada? Na verdade é um poema eu acho – Pergunta, franzi o cenho e viriw meu rosto na mesma hora que escutei um resmungou baixo.

– Pode mermo – Estalo a língua no céu da boca, olhando ela.

Aisha: " Você deve ter comeia no lugar do coração, de que outro jeito um homem seria tão doce assim?" – Dou risada abraçando ela.

– Serei o único poeta a ganhas teus coração – Ela da uma risadinha baixa, nos afastamos quando a enfermeira chegou.

Olhei ela dando banho no Bryan, enquanto eu dei banho no Caíque é a Aisha na Aurora, seguro o corpo dela com cuidado prestando atenção na enfermeira que explicou como faz, lavo o cabelinho dele com cuidado. Todos eles tomaram banho quietinhos, na hora de vesti eu meti o pé pra comprar alguma coisa pra aisha comer, tô fora. Se eu quebro algum braço?

__
Meta: 100

Nosso Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora