What Could Have Been (Lady Dimitrescu)

Corra

Era para este capítulo ter saído segunda, mas enfrentei crises de ansiedade severas, e fiquei incapacitada de escrever por não conseguir pensar direito. Estou melhorando, e finalmente o capítulo tão aguardado chegou s2 Só quem está acompanhando meus vídeos no tiktok sabe do q estou falando ahahahaha

Perdão, não tive tempo de responder os comentários do cap anterior, mas vou responder em breve! Obrigada por tudoooo! E se atentem aos detalhes, agora no final de temporada, vai ter muita coisinha aí solta no ar... Quero ver se vcs vão desvendar o plot do final da fanfic ahahahhahah

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Corra

Não havia muito o que aprontar, seus únicos pertences eram a roupa em que usara na colheita e sua camisola dada pela própria condessa. Becca sentia-se inusitada. Deixar a torre onde conviveu os primeiros dias como serviçal do castelo, ao lado das demais donzelas escoltadas por Alcina era vistoso. Começou com um "... Darei um fim a casa Dimitrescu, custe o que custar.", e agora, Becca tornara-se sua aliada. Se a antiga Becca pudesse ver o futuro, ela não acreditaria no que sua vida se tornaria ao se voluntariar no lugar de Prudence. Consideraria um delírio seu. Curioso o destino, não?

Margaret cedeu ao seu pedido, acompanhando Becca durante a mudança até o quarto de Alcina. Não encontrara nenhuma das empregadas, muito menos Willow e Penélope — supostamente chateadas pelo seu segredo —, e Becca considerou-se com sorte. Embora, uma hora, gostaria de conversar com suas amigas e explicar seu lado da história. Considerava Penélope e Willow boas pessoas, e gostaria de manter a amizade, visto que não tivera amigos durante uma boa parte de sua vida.

Chegando ao quarto de Alcina, parou para contemplar a luxuosidade do lugar. Jamais esperaria considerar o aposento de Lady Dimitrescu como sendo o dela também. Por outro lado, também sentia-se feliz em estar dentro de uma ambiente confortável e que manifesta o cheiro adocicado de Alcina.

— Obrigada por me acompanhar, senhorita Margaret.

— Só estou cumprindo meu dever, não há nada para me agradecer. — Diz Margaret, com uma expressão pacífica. — E você não é mais uma empregada, pode me chamar só pelo nome.

— Não vai puxar a minha orelha se eu o fizer? — Debocha Becca, conseguindo arrecadar um sorriso genuíno da supervisora.

— Apenas se a condessa me permitir. — Margaret lança uma piscadela marota, sua mão direita posicionada na maçaneta pronta para puxa-la. — Mantenha o juízo, Becca. Ao menos, o que sobrou dele.

— Tá bem... Margaret.

A porta é fechada, e Becca sorri para si mesma. Pôs sua pequena bolsa no chão, ao lado da cama, e não resistiu em pular no imenso colchão. Rolou de um lado para o outro, mergulhando o rosto contra o lençol com cheiro de lavanda, recém trocado por uma das empregadas. Mas precisou abrir mão do descanso para vestir suas amadas calças e buscar Rose. Dobrou seu uniforme assim que vestiu-se com sua roupa de caça, deixando a peça na ponta da cama sabendo que uma das empregadas irá busca-la. Jogou seus fios loiros-platinados para trás, os prendendo em um rabo de cavalo frouxo, e viu-se rapidamente no espelho da penteadeira. Becca dificilmente se achava bonita, entre tanto, a estadia no castelo e os cuidados de Alcina lhe renderam uma aparência mais saudável. Sentiu-se mais bela.

De maneira imprevisível, uma empregada entra no quarto. Elloy. Houve-se uma troca de olhares apreensivo entre elas, e nenhuma palavra fora anunciada, intensificando o desconforto de Becca. Ela não esperava que Elloy carregasse uma energia tão pesada, e para uma moça que apresentava "inocência" em seu rosto, seus olhos castanhos gritavam o oposto da ingenuidade. Havia inveja acumulada em suas íris, acompanhada de remorso. Em silêncio, e evitando mais contato visual com sua ex colega, Becca a deixa no quarto para prosseguir com suas obrigações e encontrar Alcina no escritório. Não precisou percorrer um longo caminho, pois a própria estava a aguardando no Salão Principal.