What Could Have Been (Lady Dimitrescu)

Predestinada

Falei que eu ia atualizar mais rápido a partir de agora, não falei? E se preparem pq o cap 57 logo já tá saindo tbm... eu tenho ansiedadeeeeee!!!

AVISO IMPORTANTE: como eu havia informado no capítulo anterior, a fanfic está em processo de reescrita, e com isso, o título também terá uma modificação. Tomei essa decisão por 3 motivos:
1) Facilitar o acesso e procura da fanfic, que eu venho percebendo que alguns leitores tem dificuldades para achar a história nas plataformas.
2) Seguir o padrão dos spin offs; ambos serão apresentados com o título de uma palavra, então WCHB seguirá esse conceito.
3) A fanfic é minha e faço o que bem entender. 💅🏻 (#aceitabelbelquedoimenos)

A partir do capítulo 57 o título WCHB será modificado para Shattared (Estilhaçada); um título significativo e que faz jus ao enredo e sobre nossa grandiosa protagonista Lady D ❤️

Aconselho beberem um chazinho de camomila durante a leitura.

E tem surpresinha no final... hihihi 🤭

**********

Predestinada.

Quando é preciso matar para sobreviver, o que resta da nossa humanidade? Essa questão permeia a mente de quem, em um dado momento, se vê encarregado de tirar a vida, mesmo que a vítima seja inocente. O peso da decisão, do ato em si, traz consigo um tipo de escuridão que parece irreversível. Um sacrifício em nome da própria existência — e de algo maior que apenas um impulso.

Prudence estava sentada diante da penteadeira, em seu quarto, os olhos seguindo os movimentos de Éden, que terminava de prender seu penteado com dedos cuidadosos, sofrendo leves espasmos. Às sombras do quarto, vagamente imperceptível, Cassandra espreitava, rígida, cada músculo alerta.

Desde o ataque de Elloy na noite anterior, Cassandra não baixava a guarda nem por um segundo. Não confiava em Éden. Afinal, já haviam passado por isso: uma empregada quase havia matado Rebecca, a futura segunda mãe delas. E Cassandra jurou que não deixaria nada — ou ninguém — ameaçar a vida de algum membro de sua família novamente.

Prue, porém, captava a tremura de Éden. Observava através do espelho o pavor nos olhos castanho-esverdeados dela, como se cada toque em seu cabelo estivesse sendo calculado. Ela sabia que Cassandra pairava sobre elas, os olhos dourados brilhando como os de uma pantera camuflada na penumbra da noite, a vigilância intensa sobre cada movimento de Éden. Circundando-a com aquele olhar primal que apenas as Dimitrescu possuem.

Havia uma tensão palpável no ar, um jogo de olhares e silêncios. Enquanto Éden finalizava o último toque em seu rabo de trança, Prue se perguntava quem estava mais assustada: sua empregada, com o risco de uma acusação iminente, ou ela mesma, de sua irmã perder o controle e drenar o sangue de Éden com os próprios dentes.

Houve desgraça o suficiente para uma noite, e Prudence sentia-se asfixiada por Cassandra monitora-la, e exausta por absorver os tremores de Éden.

— Nos dê um minuto, Cassie? — pediu Prue suavemente, os olhos de café detidos em sua irmã através do espelho.

— Para que a escória tente apunha-la como a outra tentou fazer com minha nova mãe? — indagou Cassandra, quase rosnando.

Prue franziu as sobrancelhas para Cassie em desaprovação.

— Éden. — disse Prue, a voz mais firme, embora baixa. — O nome dela é Éden, e a "outra", era Elloy. Não as culpe pelo o que aconteceu; sabe quem realmente é a culpada.

Éden encolheu os ombros, temendo que Cassandra se enfurecesse com aquele assunto. Podia sentir a repulsa dela arranhando suas costas. Prudence, por outro lado, estava tranquila.

— Não vou arriscar... — grunhiu Cassandra.

— Cassie — chamou Prue, seu tom suave não deixando espaço para resistência. — Por favor.