Casamento Indesejado

capítulo 12

Diana*

Alexandre saiu bem cedo, não o vi quando acordei, mas fui surpreendida quando desci e vi que nossa sala agora tinha um sofá novo.

Fico muito satisfeita com a mudança, parece que meu marido quer mesmo fazer as coisas darem certo, mas tenho certeza que Victória tentará tornar minha vida mais complicada agora que esta grávida.

Me sento para tomar café e noto que a governanta não é a mesma de sempre, fico tão surpresa que resolvo perguntar seu nome, afinal ela já é uma mulher mais velha.

- bom dia, poderia me dizer seu nome?

- bom dia senhora, sou Aneli a nova governanta da casa

- quem a contratou?

Ela deu um sorriso bem grande, acho que ela deve ter percebido a desconfiança em meu tom de voz pelas perguntas.

- pode ficar tranquila Senhora, quem nos contratou foi o próprio Sr. Alexandre, ele trocou todos os empregados da casa, e eu sou a antiga babá dele, ainda trabalhava na mansão do pai dele, mas como me ligou pedindo para ser governanta eu vim

- acho que prefiro assim Dona Aneli, cuide bem de mim

- antes de sair, ele pediu para te falar que pode redecorar a sala como quiser, a casa é sua

- Obrigada, mas hoje tenho que ir a faculdade, então vou deixar como está, o que me incomodava já foi retirado

- a senhora é muito sensata, mas tenha cuidado com Victória e com a dona Adelaide, principalmente com ela

Estava óbvio que ela sabia mais do que eu imaginava, preciso me tornar mais chegada de dona Aneli.

- o que quer dizer com isso?

- não é nada demais, é só que na mansão dava para ver como elas eram.

Então isso quer dizer que Victória é um caso antigo do meu marido, o que mais que ele não está me contando afinal? Isso me deixou com uma pulga atrás da orelha, não, uma pulga é pequena demais, um dragão atrás da orelha, isso sim.

Beberico meu café meio amargo com toda minha cabeça trabalhando a milhões de velocidades, Aneli vai ser precisa para não me afundar nesse solo pantanoso em que me encontro.

***

Chego em casa e vejo que Alexandre está sentado no sofá da sala, parece um pouco preocupado, como se estivesse esperando para conversar comigo.

Me aproximo e ele se põe de pé, ele fica muito sexy de social, da vontade de jogá-lo no sofá e fazer tudo que tenho vontade, mas aí me lembro da mulher que ele estava fodendo no nosso antigo sofá e isso me tira toda vontade.

- estava esperando você chegar, sente-se.

Faço o que ele pede, parece que o assunto é realmente sério, mas quando ele pega em minhas mãos percebo que as dele estão super frias.

- você sabe que você é importante pra mim, e sabe que o que eu mais quero é que nosso casamento de certo

- fala logo o que quer me contar e para de enrolação Alexandre

- Victória passou mau hoje e foi levada as pressas ao hospital, fui chamado e o médico disse que a gravidez dela é de alto risco, então achei que ela poderia ficar com a gente até o bebe nascer.

Meu sangue ferve, como ele ousa me falar uma coisa tão sem cabimento, me bota chifre com a dita cuja, e agora quer que eu aceite ela em minha casa?

- tenho cara de palhaça pra você Alexandre?

Me levanto meio estressada, sei que o bebê não tem nada a ver com toda putaria do pai, mas por que tenho que aceitar essa situação?

- amor, ela não tem família aqui, não tem ninguém que possa cuidar dela, e ela está carregando meu filho

- se você trouxer essa mulher para nossa casa, você não vai dormir no nosso quarto até ela ir embora

- não precisa disso Diana, sabe que estou fazendo isso apenas por causa do meu filho

- faz o que quiser Alexandre, mas não pense que essa mulher será bem vinda em nossa casa

- agora você está sendo egoísta Diana, tente entender o meu lado, estou pensando no meu filho.

Olho bem nos olhos do meu marido, quero que ele entenda bem a escolha que está fazendo.

- quer que eu como sua esposa aceite sua amante, isso pra mim é muita humilhação Alexandre.

- Victória já está aqui, está no quarto de hóspedes aqui em baixo, ela não pode subir escadas.

Puxo minha mão das mãos dele, não sei por que ele estava me falando sobre ela se minha opinião não iria importar.

- apatir de hoje não iremos dormir juntos, você não vai tocar em mim pelo tempo que ela estiver aqui, e vou pedir para arrumarem um dos quartos de hóspedes pra você tambem.

Saio da sala bufando de raiva, esse homem só podia estar testando minha fé, por que não tem como uma pessoa fazer uma escolha tão estúpida, por que não pagar uma enfermeira para cuidar de Victória? Trazer ela para nossa casa é o cúmulo do cúmulo.