capítulo 50

5.1K 301 17
                                    

Maximilian*

Meus pais não sabem que o Dominic está na cidade, na verdade quase ninguém sabe, apenas eu, Sther e os capangas dele.

Agora estamos indo para o local onde Diana está, estamos indo em uma espécie de comboio de resgate, são 4 veículos SW4, com pelo menos 5 a 7 homens dentro, estou em um dos carros mais ao final, meu irmão esta dirigindo tranquilamente, enquanto os outros estão tagarelando sobre suas armas.

- você está legal Max?

- um pouco ansioso

- logo vai ver sua garota, pode ficar sossegado.

Entramos em uma estrada de terra, estava uma escuridão infinita, árvore para todo lado, nem sei dizer como meu irmão conseguiu descobrir esse lugar.

Os carros pararam, e todos começaram a se ajeitar para desceram do carro, vieram equipados com óculos de visão noturna.

- os carros tem que ficar aqui para não sermos vistos, então fica aqui e não faz nada imbecil

- está bem, só traga Diana e meu filho de volta.

Vejo meu irmão sair do carro e ajeitar sua ponto quarenta, eles somem noite a dentro, permaneço no carro como ele disse, mas o silêncio me deixa frustrado.

***
Diana*

Fui acordada no susto, acordei com um homem botando a mão na minha boca, me senti desesperada até que ele se explicou.

- viemos para te resgatar, então faça o mínimo de barulho possível e me siga.

Fico pensando se devo ou não acreditar no homem a minha frente, mas já não tenho mais nada a perder, então pulo da cama e o sigo para fora do quarto.

Nos esgueiramos de fininho até o primeiro piso, vejo que a luz do escritório ainda está acesa, o que me diz que Alexandre ainda está acordado.

Continuamos nos esgueirando na escuridão, mas acabei esbarrando em uma das mesinhas e derrubando um dos vasos de flores, o que fez com que algumas luzes da casa fossem acesas rapidamente.

- o que está acontecendo? Por que a senhora está fora do seu quarto?

- desci por que estava com fome

- por que a senhora desceu sem acender nenhuma luz?

O segurança é o mesmo que vi no dia em que cheguei, ele realmente é um homem que me dá medo, sua voz me dá até um frio na espinha.

Olho em volta e vejo que chegou mais segurança, o homem que estava me ajudando a fugir simplesmente desapareceu.

- eu não queria acordar ninguém, por isso desci sem acender nenhuma luz

Vejo o rosto de Alexandre, ele também deve ter escutado o barulho do vaso caindo, o chão agora está molhado, cacos por todos os lados misturados com pedaços de pétalas vermelhas.

- não se mexe Diana, você está rodeada de cacos, deixem limpar primeiro.

Sinto meu coração doer, estraguei minha chance de fugir desse lugar maldito, tudo por que não fui cuidadosa o suficiente.

Lágrimas começam a rolar pelo meu rosto enquanto tiram toda bagunça que causei, não consigo me controlar, e acabo chorando de vez, sinto a mão de Alexandre me puxar para seus braços e tentar me consolar, achando que o motivo das minhas lágrimas é o vaso de flores.

Ele me acompanha até a cozinha, onde me faz sentar e me serve um copo grande de água para me acalmar, Alexandre colocou algumas guloseimas para que eu pudesse comer, mas a verdade é que não tenho fome.

- Diana foi só um vaso, amanhã mando subistitui por outro melhor

- eu quero ir embora Alexandre, quero voltar para minha casa

- nós ja falamos sobre isso Diana, sua casa agora é aqui

- isso não é um lar, é uma prisão.

Alexandre parece um pouco entristecido, me encara calado, sei que ele sabe que o que está fazendo é loucura e eu nunca vou voltar a amá-lo novamente.

- sou tão repugnante assim Diana?

Sua pergunta me pega desprevenida, não achei que ele pudesse me perguntar algo do tipo, mas agora o acho sim repugnante e idiota, mas não vou falar isso.

- acho você uma boa pessoa, mesmo agindo feito um louco desequilibrado agora, sei quem é você, sei o homem bom que a dentro de você e foi por isso que amei você

- então por que não volta a ama?

- você sabe que agora eu amo outra pessoa, e estou grávida dele, segui com minha vida e quero que me deixe livre

- não posso fazer isso, não consigo te deixar com aquele idiota, ele nunca vai te amar como eu a amo, por isso não posso deixar que vá embora.

Um barulho estranho acaba de vir de fora da casa, o que me deixa assustada, Alexandre prontamente se coloca de pé e vai até a janela da cozinha ver o que estava acontecendo, sua expressão agora demonstra preocupação.

- levanta, vamos para o meu escritório agora.

Assim que me levanto sinto a mão de Alexandre em meu braço, ele sai me puxando até sua sala de escritório, tranca a porta e vai até a sua mesa, mexe na gaveta e tira uma arma, que me faz ficar muito assustada e pensar um milhão de coisas.

Casamento IndesejadoOnde histórias criam vida. Descubra agora