Diana*
Estou vestida para ir para a igreja, nosso casamento será a portas fechadas, apenas convidados participarão.
- o carro acabou de chegar, melhor você se apressar e ir, os repórteres estão insuportáveis hoje
- deve ser por que eles sabem que vou me casar hoje e será a portas fechadas sem a presença de repórteres
- pega seu buque caçulinha, e vai com cuidado, estaremos logo atrás.
Minha irmã beija minha cabeça, Helena preferiu me esperar na igreja por causa do enxame em frente à casa da Liz, e acho que ela fez uma ótima escolha.
Ao abrir a porta uma chuva de flash me deixa atordoada, os seguranças fazem a minha escolta até o carro, quando entro respiro aliviada, o motorista da a partida.
Depois de um certo tempo noto que não estamos indo em direção a igreja, o que me deixa meio assusta, limpo a garganta para perguntar ao motorista para onde estamos indo.
- perdão, mas acho que você errou o caminho
- eu sei querida, não vamos a igreja hoje.
Aquela voz me arrepiou até a alma, eu estava enlouquecendo? Como aquela voz poderia ser de Alexandre se ele morreu?
- quem é você? Que brincadeira de mal gosto é essa?
- não reconhece seu próprio marido? Que coisa feia, só me esperou morrer para se casar de novo
- como é possível? Estou sendo acusada da sua morte e você está vivo?
- não podia deixar você ficar com aquele idiota, te amo demais Diana
- você só pode ter enlouquecido.
Procuro pelo meu telefone, disco o número do celular do Max, preciso avisar alguém o que está acontecendo.
- me dá esse telefone agora Diana
- não
- desliga essa droga, não me faça parar esse carro.
Para minha sorte o Max atende antes que meu celular possa ser retirado de mim.
- amor socorro Alexandre está vivo.
Foi a única coisa que deu para falar antes do meu celular ser arrancado das minhas mãos e ser lançado fora.
- é melhor você ficar quietinha e cooperar, afinal queremos que o bebê fique bem.
Passo a mão pela minha barriga, tenho que pensar no meu bebê, não posso ser uma tola.
- agora o Max vai me procurar, ele sabe que você está vivo
- quem vai acreditar nele? Sou um homem morto, a única coisa que vão pensar é que você aproveitou o evento do casamento para fugir.
Em parte ele tinha razão, a mídia realmente vai dar esse tipo de notícia, o que me fará parecer ainda mais culpada, ninguém vai acreditar que um homem que morreu, voltou dos mortos para me sequestrar.
Seguro minha vontade louca de chorar, não posso acreditar que Alexandre tenha feito algo tão louco, minha cabeça está tentando processar todas as informações.
Saímos da estrada principal e entramos em uma estrada de terra, chegamos a uma casa de campo grande, cheia de seguranças, sabia que seria impossível fugir facilmente.
Vejo que Alexandre desce e conversa com um dos guardas, um homem alto, forte e negro, ele é um homem realmente forte e tem uma cara muito séria, ele deve ser o chefe da segurança.
Alexandre abre a porta do carro para que eu desça, olho para ele cheia de fúria.
- nem tente nenhum tipo de gracinha, meus homens já estão avisados a seu respeito.
Saio do carro e entro na casa, parece um lugar aconchegante, mas tudo que sinto é medo, sou levada até um dos quartos, onde vejo que foi preparado para me receber.
A quanto tempo Alexandre estava planejando isso? Por que me sequestrar? Por que forjar a própria morte?
- descanse querida, mais tarde venho que buscar para jantar.
Vou até as janelas e vejo que tem grades, estou realmente em uma prisão, será que o Max vai acreditar na minha ligação? Será que vão me procurar?
Começo a chorar, tenho medo de ninguém acreditar em mim e não me procurar, não quero viver a minha vida presa nessa casa.
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Casamento Indesejado
Roman d'amourDiana aceitou se casar com Alexandre Stefanini, um playboy filho de um bilionário de rede de hotéis de luxo, o pai de Diana era um sócio da empresa, mas foi acusado de desvios de dinheiro, para que o pai não fosse processado e preso ela se ofereceu...