expulso

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Giovanna

- Finalmente! - digo assim que abro a porta para Amora e Yohama

- Trânsito infernal,mas chegamos! - Yo já vai em direção a cozinha buscar as taças

- E o seu boy magia,cadê? - Amora não perde tempo e pergunta sobre Nero

- Pois é... - nos sentamos no sofá - foi conversar com a Anaju pra entender qual o envolvimento dela com o Leo

- Não me leva a mal não,Gio...mas o meu faro me diz que isso não vai terminar bem.

- Pior que o meu faro me diz a mesma coisa,Amorita. - fecho os olhos em negação de que tudo isso está acontecendo - Mas eu sou Giovanna Antonelli Prado Nero e isso não vai me abalar!

- Oi?Quê?Hã? - Amora paralisa

- Que foi criatura?

- Peraí que eu ouvi isso aí! - Yohama retorna da cozinha - Você disse Nero?

- Você disse Nero,Giovanna! Casamento já está sendo colocado em pauta e eu não estou sabendo?! - Amora serve o vinho

- Não,gente...força do hábito só...o Nero que tocou nesse assunto hoje na praia,disse que eu seria uma Nero em breve. - respondo-as,nervosa.

Mas no fundo,meu sonho é casar. Casar de verdade. Com o Leo eu me casei no cartório,não teve festa porque ele não quis,por mais que tivéssemos condições pra uma festa linda. Eu demorei meses pra escolher um vestido de noiva,para no dia do casamento ele falar que eu ficava feia até com o mais belo dos vestidos...ah,e ele apareceu no cartório vestido com uma camisa de meia,calça jeans e um sapatênis. Segundo ele,ele não gastaria dinheiro com uma bobagem[terno ou uma roupa minimamente mais apresentável].

- Mas se ele te pedisse,você casaria com ele? - Yohama é que nem faca tramontina,corte rápido e afiada

- Eu aceitaria sem nem pensar duas vezes... - perco minha pose de policial cruel só de pensar nisso e um sorriso de orelha a orelha nasce em meu rosto

- Eu dou a maior força! - Amora bebe um gole do vinho

Alexandre

Assim que saí da casa de Caíque,senti a necessidade de espairecer. Sabendo que aquele pulha encostou na minha filha,se eu fosse pro meu apartamento,certamente iria enlouquecer. Eu sou todo metido,afrontoso,mas não sou o tipo que sai fazendo merda por aí no primeiro estresse. Me lembro de um bar,um local simples,que eu ia na época em que eu vivia como se o amanhã nunca chegasse.

- Vê uma branquinha pra mim,por favor - peço ao senhor que está atrás do balcão

- É pra já,meu patrão! - ele me serve uma dose da bebida

Eu bebo e a sensação de calor e ardor toma conta de minha boca

- Vai mais uma? - o senhor me oferece

- Não amigão,obrigado. - reparo na parede logo atrás,onde são expostos cigarros a venda - Vê um carteira de cigarro e um isqueiro e fecha a conta.

Assim que pago,dirijo até a praia que fica próxima ao meu apartamento e fico sentado na areia admirando o mar. A única coisa que se passa na minha cabeça é: Leonardo ultrapassou todos os limites

- Eu vou denunciar ele amanhã,tá decidido. - tomo a decisão de denunciar Leonardo,alegando perseguição da parte do Sargento

Acendo um cigarro,e a sensação que sinto ao dar o primeiro trago é bem esquisita. Não coloco um cigarro na boca,tem uns...22 anos? Desde que Anaju nasceu. Muito pouco os outros sabem sobre a minha vida e o que eu disse pra Giovanna na praia,não é nem da missa á metade.

Adsumus - GnOnde histórias criam vida. Descubra agora