the monsters gone

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Giovanna

- Eu te amo. - paraliso ao ouvir essas três palavrinhas saírem da boca dele. Paraliso não porque não gostei,pelo contrário,eu adorei. É que o Leonardo até então tinha sido meu primeiro e único homem e nunca,nunca mesmo essas palavras saíram da boca dele. Ouvir isso do Nero foi tão bom,pela primeira vez eu me senti amada de verdade por um homem.

- Eu te amo,Alexandre Nero Vieira. - respondo quase que de imediato

- Bora dar um mergulho,marrenta?

- Só se for agora!

Tiro a camiseta branca de linho e o short jeans que estou usando,ficando apenas com o biquíni preto.

Recebo um olhar ciumento de Nero,que olha para os lados conferindo se ninguém está me olhando

- Que foi hein,chato?

- Nada,meu amor. Só tô garantindo que nenhum playboy vai olhar pra tua abundância. - ele fita minha bunda,me fazendo cair na gargalhada com o apelido que colocou nela

- Deixa olharem! O único playboy que eu quero tá aqui na minha frente. Eu que deveria ter ciúmes de você,com esse corpão gostoso...as mulheres ficam olhando. 

- A única mulher que eu quero tá aqui na minha frente e se chama Giovanna Antonelli Prado,que em breve será Nero.

Passamos quase que o dia todo na praia,mergulhamos e gargalhamos ao contar nossas histórias enquanto bebíamos uma água de coco sentados na areia

- Então quer dizer que antes de ser fuzileiro você já cantou em bar?

- Em bar,festa de família...já fiz de tudo um pouco

- E o que levou um artista até o corpo da infantaria da marinha?

- Meti a cara e acabei pegando gosto pela coisa,no início foi difícil adaptar,mas hoje eu não largaria por nada.

- E seu pai o quê que achou?

- Meu pai achou ótimo! Depois que minha mãe morreu e ficamos só nós dois,eu tinha que ajudar nas contas de casa e eu ganhava bem mais sendo fuzileiro do que cantando e fotografando por aí. Mas e você? Eu quero saber mais sobre você,meu amor.

- Ser policial sempre foi meu sonho,eu nunca me imaginei fazendo outra coisa. Minha mãe sempre detestou a minha escolha,até hoje detesta. Mas ela aceita,fazer o quê né?

- Qualquer dia desses eu te levo pra conhecer meu pai e você me leva pra conhecer os seus,teu pai vai me amar...certeza!

- É que...eu cresci sem pai. Minha mãe sempre me disse que ele era um pé rapado que sumiu quando descobriu que ela estava grávida.

- Desculpa,eu não queria... - Alexandre me abraça

- Tá tudo bem,você não tinha como saber. - lhe dou um selinho - Bora pra casa?

- Eu vou te deixar no seu apartamento e vou resolver umas coisas,depois eu te pego lá pra você dormir agarradinha comigo. - ele pega a mochila e se levanta

- Peraí,eu não fui informada dessa última parte da história. - brinco

- A parte que você vai dormir comigo? Pois é...tô informando agora! - ele me cala com um beijo antes mesmo que eu responda

- Você vai pra onde?

- Vou conversar com a Anaju. - sua expressão fica séria - Mas fica tranquila que eu não sou desses pais retrógrados que bate em filho e acha que dessa forma tá corrigindo,eu criei minha filha na base da educação respeitosa e eu vou procurar saber as coisas antes de fazer algo.

Adsumus - GnOnde histórias criam vida. Descubra agora