Alexandre
Abro meus olhos devagar,com a visão ainda um pouco embaçada. Aperto o botão ao lado da cama para chamar um médico e não demora muito para que um venha até mim.
- Como você está se sentindo,Alexandre?
- Eu tô...tô bem. Só um pouco fraco. - coloco a mão na cabeça - Quê que aconteceu?
- A parte que você foi baleado você já deve saber,então resumindo,você passou por uma nefrectomia. O projétil atingiu um dos seus rins e ele precisou ser retirado.
- Mas eu vou conseguir ter uma vida normal,né?
- Completamente normal,fique tranquilo quanto a isso.
- Doutor,tem como chamar minha família?
- No momento não é bom que você receba tantas visitas,mas eu consigo autorizar a entrada de uma pessoa por dia. Quem você quer que eu chame?
- No momento eu tô precisando muito falar com a minha esposa.
O médico sai do quarto e eu acredito que ele foi ligar para Giovanna. Eu preciso dela aqui. Preciso porquê ela é a minha força e eu preciso saber o que aconteceu,preciso saber se o nosso filho está bem.
Os minutos e os segundos passam lentamente,parecem que nunca passam. Quando já estou no ápice do tédio,ouço três batidinhas na porta.
Não,não é a polícia federal como diz o meme. Quer dizer...meio que é sim. Mas essa policial federal não veio pra me prender. Quer dizer...meio que me prendeu sim. Não consigo desgrudar da marrenta.
Enfim,esquece o que eu disse. A minha marrenta chegou e antes de falarmos qualquer coisa,nos abraçamos e no silêncio desse abraço transmitimos um para o outro os nossos sentimentos
- Eu fiquei com tanto medo de te perder,Nero. - ela segura em minha mão
- Eu nunca te deixaria.
Ela passa a mão pelo meu rosto,me acariciando
- Tá doendo? - ela se refere aos pontos da cirurgia
- Só tá desconfortável. - noto que ela está estranha - Tá querendo me dizer alguma coisa?
- No seu tempo...não precisa ser agora.
- Pode falar,meu amor. Senta aqui do meu lado. - ela me ajuda a sentar na cama e eu vou um pouco para o lado para que ela posso sentar do meu lado - Ai,ai.
- Que foi?
- Senti umas pontadas,mas tá tudo bem. Vai,pode falar.
- Vamos começar pela notícia boa. Vem aí um piá! - ela abre um sorriso,o sorriso que eu amo
- Vem um piá aí? Noá vai ter um irmãozinho?! - a cubro beijos - Nosso Inã tá vindo,marrenta!
- Você não tem noção do quanto eu sonhei em viver isso com você,meu fotógrafo. - ela me beija
- Esse apelido é novo?
- Inventei agora. - rimos
- Você disse que essa é a notícia boa,tem notícia ruim então?
- Não é uma notícia ruim,só não é muito o que você esperava.
- Como assim?
- A Vanessa está realmente grávida de um filho seu.
- QUÊ?!!! - fico perplexo
- Nero,por mais que você diga que usou proteção e etc e tal,é possível engravidar. Uma chance mínima? Sim. Mas é possível. Vocês podem ter dado algum deslize e não se lembram.
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Adsumus - Gn
FanfictionUm Tenente da Fuzilaria Naval,pra lá de arrogante,acaba de entrar na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Mas até onde essa marra vai,quando ele é apresentado para a Major Antonelli? " Sabe um casal que duela? Mas pensa assim num duelo,duelo mesmo...