Nosso segredo

Capítulo 54

Jenna Ortega Point View

Não sei exatamente quantas vezes chegamos ao ápice aquela noite, Gwen estava empenhada em fazer exatamente tudo o que eu queria e era notável que ela queria me dizer algo, mas ainda não tinha dito.

Estávamos largadas na cama, nuas, com a barriga pra cima respirando fortemente tentando nos recuperar de mais uma vez...

— Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que teria você Gwendoline — me virei para encara-la.

A loira virou seu corpo e me encarou, passando sua mão por todo meu tronco, acariciando meus seios, deixando o mamilo rígido por conta do contato.

— Eu posso dizer o mesmo, você é a pessoa que eu quero para minha vida toda! — a loira respondeu sorrindo, vindo em minha direção.

Não tive tempo de responder, já que a mesma tomou meus lábios com um beijo feroz, porém, repleto de amor. Eu poderia estar chateada com a relação sobre nos rotularmos, mas não posso esquecer o fato de que amo e admiro essa mulher com todo o meu ser.

(...)

Chegou o tão aguardado dia do evento em São Paulo, a CCXP. Gwendoline e eu estávamos emocionadas e animadas, ansiosas para encontrar os fãs brasileiros que sempre nos apoiaram. Para a ocasião, decidimos combinar nossos looks, optando por vestidos pretos, volumosos e saltos altos, uma combinação perfeita para a ocasião especial. Por medida de segurança, concordamos em ir em carros separados, seguindo o conselho dos organizadores.

Enquanto nos arrumávamos no hotel, não pude deixar de elogiar Gwendoline, que ficou levemente envergonhada com meu comentário. Ela segurou minhas mãos e tranquilamente pediu para que eu não me preocupasse, assegurando que estaria ao meu lado o tempo todo. Sua presença carinhosa me acalmou instantaneamente, e sabia que podia contar com ela para tudo.

Ao chegarmos no evento, a magnitude da CCXP me impressionou. A quantidade de pessoas vestidas como a icônica Wednesday era impressionante e demonstrava o carinho e o respeito do público brasileiro pelo trabalho que Gwendoline e eu realizamos juntas. Eu me sentia extremamente amada, e aquela energia era contagiante.

Sentadas em um amplo sofá bege, fomos entrevistadas por uma simpática jornalista brasileira, que direcionou sua pergunta para mim:

— Como foi trabalhar com Gwendoline? Ela tem o dobro da sua idade, isso não causou estranheza para o relacionamento de vocês? Digo, cada uma está em uma vibe.

Com um sorriso caloroso, respondi à jornalista, escolhendo minhas palavras cuidadosamente:

— Vou falar a verdade, eu sou obcecada por esta mulher.

Gwendoline sorriu, visivelmente emocionada, enquanto éramos aplaudidas pela plateia. Continuei:

— Ela é facilmente uma das pessoas mais profissionais e talentosas com quem já trabalhei. Idade nunca foi uma barreira entre nós, nossa conexão vai além disso.

Gwendoline segurou o microfone com segurança e respondeu:

— Trabalhar com a Jenna foi um privilégio e uma alegria. Ela me fez chorar, me deixou com raiva, me fez sentir tantas coisas... mas, acima de tudo, ela me inspirou e me ensinou muito. Nossa parceria é única e especial.

A entrevistadora agradeceu à plateia e encerrou o bate-papo. Enquanto nos levantávamos, decidi fazer uma pequena homenagem a Gwendoline, ajoelhando-me aos seus pés e segurando suas mãos. Ela me levantou gentilmente e me abraçou, sorrisos de gratidão preenchendo nossos rostos. O respeito, o carinho e a admiração que uma sentia pela outra eram palpáveis naquele momento.