Capítulo 11

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Avisando que o capítulo está com 10908 palavras, muito extenso, então tomem o vosso tempo! E não se esqueçam de comentar! 

Capítulo sobre o passado do Minho. 

Buona lettura! <3

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☆. ☪ .☆ 

Os corredores da escola ecoavam com risos e conversas enquanto os alunos se apressavam para a próxima aula. Minho caminhava com os ombros encolhidos, tentando ignorar as risadas abafadas que vinham de alguns dos seus colegas. Ele aprendera a endurecer-se ao longo dos anos, mas havia momentos em que as palavras cruéis ainda o magoavam.

— Olha só para o Minho, o alfa lúpus mal-humorado — alguém zombou à medida que passava por ele, fazendo os outros rirem.

Minho manteve o olhar baixo, as mãos apertadas em punhos. Ele tinha a sensação de que esses comentários só piorariam. Mas, então, algo dentro dele começou a ferver, um calor incómodo que se espalhava pelo seu peito.

O que disseste? — Um tom ameaçador infiltrou-se na sua voz, o som surpreendendo até ele mesmo.

Os risos diminuíram quando os colegas se viraram para olhar para Minho. As suas feições eram uma mistura de choque e diversão, como se não pudessem acreditar que ele finalmente respondia.

— Relaxa, Minho, só estávamos a brincar — alguém tentou acalmar a situação, mas as palavras só alimentaram a chama que ardia dentro de Minho.

As suas mãos começaram a tremer, e ele sentiu a sua visão turvar enquanto as suas emoções se tornavam quase palpáveis. Um rugido baixo escapou-lhe involuntariamente, ecoando pelos corredores como um trovão distante.

E então aconteceu. Minho sentiu algo a rasgar-se dentro de si, algo primitivo e selvagem. Uma fúria ardente tomou conta dele, e antes que pudesse nem sequer compreender o que acontecia, o seu corpo mudava.

A roupa que usava já não lhe servia, os seus ossos alongaram-se, e uma sensação avassaladora de poder e fúria invadiu-o. Ele não era mais Minho, o estudante introvertido; era agora o lobo interior, um alfa lúpus em toda a sua glória.

O lobo saiu, os seus olhos fixando-se nos seus colegas, agora em silêncio total, as expressões de choque gravadas nos seus rostos. E então, sem aviso prévio, o lobo avançou.

As mesas e cadeiras foram derrubadas, o rugido ensurdecedor do lobo ecoando pelos corredores vazios. Os colegas que momentos antes haviam gargalhado de si, agora corriam para se afastar dele, mas era tarde demais.

O lobo não tinha compaixão. E quando a fúria se dissipou e Minho recuperou a consciência, ele viu o que tinha feito. O corredor estava em ruínas, o caos testemunhando a sua manifestação de raiva. A sua raiva, alimentada por anos de provocações e desdém, transformou-se numa força devastadora que não podia ser contida. Minho observava quase como um espetador, horrorizado pelo que acontecia, mas, ao mesmo tempo, incapaz de deter a manifestação da sua própria natureza.

Na Teia do Perigo - Minsung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora