Han Jisung, um ómega lúpus, formado em medicina veterinária, é um rapaz misterioso, totalmente fora dos padrões. A sociedade dizia que os ómegas se deveriam submeter a qualquer ser superior, aos alfas, acatando a todas as ordens sem reclamar ou exig...
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Minho estava deitado na sua cama, o quarto mergulhado na escuridão enquanto ele se afundava no sono. Gradualmente, as memórias começaram a invadir a sua mente, transportando-o de volta à sua infância. Ele viu-se numa pequena cidade onde cresceu, as ruas familiares a desenrolarem-se à sua frente.
As recordações fluíam como cenas de um filme antigo, e no meio de todas elas, havia um rosto que se destacava: o sorriso radiante de Hannie, o seu amigo de infância. O Lee revivia os momentos de riso e aventura que partilhavam. Correndo pelos campos, brincando sob o sol quente do verão, compartilhando segredos sussurrados ao ouvido um do outro. Hannie era a sua âncora naqueles dias simples e despreocupados.
— Hannie, espera por mim!! — Berrou animado, sorrindo para o rapaz de bochechas gordinhas.
— Vai mais rápido, Lino!
Os risos infantis ecoavam pelo ar enquanto Minho corria atrás do seu amigo, Hannie. Eles eram inseparáveis, sempre a explorar cada canto da pequena cidade onde cresceram. Minho não conseguia evitar sorrir ao relembrar aqueles momentos de alegria pura.
Enquanto continuavam a correr, Hannie parou de repente, olhando para algo à distância. Minho aproximou-se, curioso, e viu que Hannie apontava para o céu estrelado.
— Olha, Lino! Uma estrela-cadente!
— Uau, é mesmo! Vamos fazer um desejo!
Os dois amigos fecharam os olhos e fizeram os seus desejos silenciosamente, como se o brilho da estrela-cadente pudesse ouvi-los. Era um daqueles momentos mágicos que nunca se esqueceriam.
— O que pediste, Lino? — O pequeno ómega, indagou baixinho. Minho abriu os olhos e olhou para o seu amigo com um sorriso tímido.
— Não posso dizer. Se eu disser, não se tornará realidade.
— Ah, é assim? Então manterei o meu segredo também! — Colocou um bico nos lábios, sentindo as mãos gentis do alfa se sobrepuserem às bochechas fofas.
Os dois riram e trocaram um olhar cúmplice, sabendo que aqueles eram momentos especiais que só eles partilhavam.
De repente, a imagem começou a desvanecer-se, as memórias a transformarem-se em névoa. Minho sentiu-se a ser puxado para longe do seu sonho, daquela preciosa lembrança da sua amizade com Hannie.
— Hannie, espera! Não te esqueças de mim...
Mas, o ambiente começou a mudar, as cores a desbotarem e a alegria a ceder lugar a uma atmosfera sombria. Ele viu-se num beco escuro, olhando para Hannie, cujo sorriso brilhante havia desvanecido. Os olhos de Hannie transmitiam uma tristeza profunda, e Minho sentiu o peso daquela dor.
