[Volume 1] Han Jisung, um ómega lúpus, formado em medicina veterinária, é um rapaz misterioso, totalmente fora dos padrões. A sociedade dizia que os ómegas se deveriam submeter a qualquer ser superior, aos alfas, acatando a todas as ordens sem recla...
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— ESPERE, ESPERE! EU POSSO EXPLICAR!! — Minho ergueu as mãos num gesto de rendição ao ver o pai de Jisung se aproximar com um chinelo na mão, uma expressão furiosa estampada no rosto. Ele sabia que a situação parecia terrível, mas estava determinado a explicar antes que as coisas saíssem do controle. — Senhor, por favor, deixe-me explicar. Sei que esta é uma situação complicada, mas há uma explicação para tudo isto.
— SENHOR?! Ya! Jisung, ele acabou de me chamar de velho?!
Minho engoliu em seco, percebendo o equívoco que acabara de cometer ao chamar o homem de "senhor". Ele se apressou em corrigir o erro, sabendo que precisava se desculpar e mostrar respeito ao pai do seu amado.
— Desculpe-me, senhor, não foi minha intenção ofendê-lo. Eu... Respeito muito o senhor e...
— Sim, pai. Ele definitivamente chamou-te velho. — Jisung irrompeu, com um ar provocativo e risonho. Ele não conseguia conter o riso enquanto observava a expressão chocada no rosto de Minho. O ómega divertia-se muito com a dinâmica entre o alfa e o pai, encontrando um certo prazer em vê-los embaraçados. Minho sentiu um arrepio percorrer a sua espinha ao perceber a brincadeira de Jisung. Por um momento, ele não sabia se deveria rir ou preocupar-se com a reação do pai do ómega.
— Eu... Eu quis dizer "senhor" como uma forma de respeito, não como uma referência à sua idade, senhor... quer dizer, pai de Jisung. — Minho tentou corrigir, sentindo-se um pouco embaraçado. — Não quis ofender de forma alguma, apenas tentava mostrar respeito.
— Desculpas não apagam a marca que deixaste no meu filhote no passado, — Haru, o pai de Jisung finalmente falou, a sua voz carregada de autoridade e uma pitada de desconfiança. Ele se referia a uma mordida temporária que Minho causara no pulso de Jisung quando eram pequenos. — YA! O MEU FILHOTE PADECEU MUITO, POR TUA CULPA, SEU DESGRAÇADO!
Minho sentiu um nó se formar na sua garganta ao ouvir as palavras acusatórias do homem. Baixou os olhos, sentindo o peso da culpa sobre os ombros enquanto as memórias do incidente ressurgiam na sua mente. Sabia que não poderia apagar o que tinha feito no passado, mas estava determinado a fazer as coisas certas daqui para frente.
— Eu sei, eu sei... — murmurou, a voz cheia de pesar e arrependimento. — Sinto muito, de verdade. Eu era apenas um alfa jovem e impulsivo naquela época, e nunca quis ferir o Jisung. Mas... Se pudesse voltar atrás e mudar as coisas, não mudava o que fiz nessa altura. Marcá-lo foi a melhor coisa que fiz na minha vida e... E mesmo que não possa apagar o que aconteceu no passado, prometo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para cuidar do Jisung, protegê-lo e amá-lo da melhor maneira possível.
As palavras de Minho ecoaram pelo ambiente carregado de emoção, carregando um peso genuíno de arrependimento e determinação. Haru olhou para ele, observando a sinceridade nos seus olhos, e notou a mudança na postura do jovem alfa. Ele podia ver a maturidade e a seriedade, um contraste marcante relativamente ao alfa impulsivo que ele ouvira falar no passado.
