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Cecilia Albuquerque

    Uaaau, eu e a Amanda estávamos como... gatíssimas.

    Depois de biscoitar fomos pro carro e partimos pra casa do Felipe.

    O Gui, como sempre, foi levar a gente. Pra não ter perigo de uma das duas beber e dar merda no volante.

    Vi que o Enzo tinha respondido o story que eu repostei da Amanda e fui ver o que era.



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@enzo.martins

Respondeu ao seu story:
  Cara? Parem de tirar foto e vem logo

                              Cara? Tá muito abusado
                              Indo. 💋



    Passou alguns minutos e chegamos em frente a casa do Felipe.

— Tchau, irmão. - Amanda deu um beijo na bochecha dele.

— Tchau, Gui. - Fiz o mesmo que ela — Valeu pela carona de sempre. - Agradeci.

— Se cuidem, em. - Ele falou olhando sério pra nós duas — Juízo. Não quero ninguém vomitando no meu carro na volta.

— Sempre, juízo é o nosso sobrenome. - Amanda piscou pro irmão dela e nós descemos do carro.

— Caralho, amiga - Falei enquanto a gente se aproximava da casa — Dá pra escutar as músicas do outro lado da rua.

— Sim, amiga. - Ela concordou comigo — Estranho seria se a música tivesse baixa em uma festa do Felipe.

— Ele deve ter esquecido que mora em um condomínio com outras pessoas. - Eu disse rindo negando com a cabeça, arrumando a bolsa no ombro — Inimigo da coletividade.

— Amiga e se os meninos não darem muita atenção pra gente e ficarmos isoladas? - Amanda me perguntou paranóica.

— Aí a gente usa o que chamamos de boca e fazemos amizades, ué. - Respondi simples — Quem tem boca vai à Roma, gatinha.

— Frase típica de psicóloga. - Ela falou revirando os olhos e eu ri.

    Entramos dentro da casa e tava lotada de gente. Era impossível se movimentar sem esbarrar em alguém.

    Passamos um bom tempo procurando algum dos meninos e não obtivemos sucesso.

Aproveitei que o Enzo tinha respondido meu story há uns minutos e mandei mensagem avisando que tínhamos chegado.

— Aí estão vocês, pô. - O Enzo falou chegando do nada atrás da gente.

— Ai que susto. - Coloquei a mão no peito.

— Porra Enzo, precisava? - Amanda falou brava.

— Ih, levaram susto por quê? - Perguntou cruzando os braços.

— Cala a boca e mostra onde tem bebida. - Amanda falou rápido, me fazendo rir da "delicadeza".

— Delicada como sempre né, Amanda. - Ele respondeu rindo e nos guiou até um balcão lotado de bebidas.

    Montamos nossos copos e o Felipe chegou pra falar com a gente.

— E aí, minhas gatas. – Nos cumprimentou com um beijinho no rosto.

— Caramba, tu não sabe brincar de fazer festa. - Amanda falou sorrindo pro Felipe.

Vi que os dois tavam sorrindo demais um pro outro e me toquei.

    Aproveitei pra deixar os dois sozinhos e me afastei um pouco deles.









Enzo Martins

A festa já tinha começado há uns trinta minutos e eu tava só fazendo média com uma galera que conheci na faculdade.

Mas a real é que eu tava doido pra Cecília e a Amanda chegarem, me sinto muito mais de boa com as duas.

Eu não podia nem contar com o Felipe em festa, o maluco conhecia meio mundo e tentava dar atenção pra geral. Pior que prefeito.

Mas dessa vez eu até me surpreendi, esse viado chegava em mim de 5 em 5 minutos perguntando se a Amanda tinha chegado.

To começando a achar que ele tá afim dela mesmo. Algo totalmente inédito, porque nunca vi ele apegado em ninguém.

Vi que a Cecília repostou um story com a Amanda e respondi apressando elas. Minutos depois a Cecília me falou que tinha chegado.

Dei um susto nelas sem querer por trás da Cecília. E nossa... A Cecília tava mais gata que o normal e eu nem sabia que isso era possível.

O Felipe cumprimentou elas e ficou conversando com a Amanda.

Percebi que a Cecília tinha dado uma afastada dos dois pra deixar eles mais a vontade.

— Mal segurou vela e já cansou? - Perguntei enquanto bebia minha cerveja.

— Odeio ficar sobrando. - Ela respondeu bebendo um gole da bebida dela — Eu sou nova na faculdade e ainda não conheço quase ninguém, mas e você? Conhece muitas pessoas que estão aqui? - Perguntou olhando ao redor.

— Conhecer eu conheço, mas são realmente só conhecidos, sabe? - Ela assentiu — As vezes trombo nas festas, sou simpático e pá... mas não gosto de ficar me misturando muito não. - Falei dando de ombros, sendo muito sincero.

— Por isso você tava me enchendo o saco pra chegar logo. - Falou apertando minhas bochechas — O bebêzão tava com medo de ficar sozinho. - Falou como se tivesse falando com um bebê.

— Não fode, Cecília. - Falei rindo.

— Eu entendo o que você quis dizer. Até porque desde a escola eu e a Amanda já fizemos parte de vários grupinhos, sabe? Mas acho que as únicas pessoas que a gente realmente se identificou de verdade foi com vocês dois. - Ela disse sincera e eu ri.

— Então vai procurar ajuda, loirinha. Se identificar comigo e com o Felipe é problema na certa. - Eu respondi fazendo ela gargalhar, me fazendo rir junto pela risada dela.

— E aí, irmão. - O André, irmão do Felipe, veio me cumprimentar sendo que ele já tinha feito isso mais cedo — E aí, gatinha. Qual seu nome? - Ele perguntou pra Cecília e eu revirei os olhos, virando minha cerveja de uma vez.

Aquela PessoaOnde histórias criam vida. Descubra agora