Foi alguns dias depois de ter se encontrado com Rhysand – e Elain ainda se lembrava dele perguntando, com aquele ego inalado dele se ela o achava incrível, e da cara que ele fez quando ela riu na cara dele – que Feyre apareceu. Chorando e com alguns machucados remanescentes.
Ela parecia devastada como se o mundo tivesse acabado. Seu mundo destruído.
Elain sentiu um arrepio frio correr sua espinha ao ver a roupa de couro Illyriano, com algumas feridas a mostra. Seu choro desesperado, e seu olhar machucado.
"Feyre!" Elain Exclamou impedindo que a irmã desabasse no chão do quintal.
"O que aconteceu?!" Perguntou Nestha ao lado dela tão preocupada quanto.
"Velaris.... ataque..." ela não conseguia falar coerentemente em meio ao choro.
"O que?" A voz de Elain soou baixa, incrédula.
Seu corpo gelou. Medo se alastrando por seu corpo.
"O que?! Quem?!" Nestha era a mais conseguia reagir na situação em que estavam.
Feyre estava afogada em choro, e Elain estava congelada em incredulidade demais para reagir.
"A...a.." Por favor não "Attor!" Feyre conseguiu responder entre os soluços.
Não. O coração de Elain se partiu.
Seu esforço fora inútil.
Sua jogada com as rainhas fora inútil.
Ela não havia conseguido. Não havia impedido o ataque a Velaris.
Ela havia falhado.
"V-vamos levava pra dentro" disse para Nestha.
Feyre chorou por horas no colo das irmãs, lamentando o ataque.
A destruição da cidade, as vidas que se perderam, os sobreviventes feridos. A crueldade de seus atacantes, seus inimigos, em nem mesmo poupar crianças.
Lhes contou sobre a liderança de Attor ao ataque. Com dezenas de milhares de outros seres como ele.
A destruição do arco-íris. Seu poder sobre o Sidra.
Contou da fúria que sentiu, sentimento protetor que sentiu sobre os habitantes da cidade enquanto eles tentavam se proteger dos ataques. Medo pelo povo da Corte Noturna, do povo deles, do povo dela, como membro daquela Corte e agora uma de seus protetores.
Contou do medo que sentiu sobre perder alguns de seus novos amigos. Sua nova família.
E então por fim Contou sobre a morte de Attor. Sobre como havia o matado.
"Estávamos no ar. Ele estava tentando fugir quando percebeu que estávamos ganhando o ataque, fugir em meios aos tentando passar despercebido..." a voz de feyre era baixa e um pouco rouca pelo choro, ainda fungando algumas vezes. As estrelas brilhavam no céu lado, na agora noite. "Mas eu percebi. Eu o vi. E voei até ele, o ataquei ainda nos céus, e o matei no ar enquanto caiamos, despencavamos, em direção chão, a punhaladas, com uma adaga. Cinco punhaladas" disse em um fôlego.
Nestha a abraçava por trás na cama que as três dividiam, sua forma de desmonstrar conforto. Elain a frente de Feyre segurava suas mãos, acariciando seus cabelos e lhe dizia palavras de conforto apaziguando sua dor.
"Quatro?" Perguntou em um sussurro.
"Uma por Clare, pelo o que ele a fez em sob a montanha. Uma por Rhys. Uma por mim. E uma por você"
"Por mim?"
"Pelo o que ele fez por você naquele dia na floresta. Ele a feriu"
"Oh, Feyre" Elain a abraçou com carinho.
"Deveria ter apunhalado ele mais. Ele mereceu" murmurou Nestha de seu lado da cama, ainda sem soltar Feyre. Isso arrancou um pequeno riso se Feyre.
Pelas horas que se seguiram até que suas irmãs estivessem profundamente adormecidas, Elain passou confortando Feyre, com Nestha segurando as duas em um abraço protetor como se tentasse proteger as duas dos males do mundo, em seus braços.
Elain contou do seu encontro com Rhysand, quando ela deu a ele a metade do Livro dos Sopros que havia conseguido com a rainha Demetra, sobre a cara que ele fez quando ela riu dele. Deixou que ela olhasse em sua mente e visse por si mesma, e risse com isso, concordando em pintar a imagem si para que pudesse dar de presente para Rhysand em um futuro próximo.
Deixou que Feyre contasse a ela da relação dela com Rhysand, sobre o laço deles.
A confortou e a fez rir, apaziguando a dor no coração da irmã.
Feyre havia sido feroz lutando por Velaris. Com seu poder defendendo o povo. Mas quando tudo acabou, a dor quebrando seu coração pela destruição que alastrou a cidade. Aquela bela e pacífica cidade. A Corte dos Sonhos. A cidade de luz Estelar.
Elain a confortou. Apaziguando a dor em seu coração.
Mas depois que as irmãs dormiram, Elain deixou seu conforto na grande cama que dividia com as irmã – da mesma forma que fazia nas noites frias quando elas ainda estavam naquela cabana na floresta nos tempos de miséria.
Elain percorreu os corredores da Mansão silenciosamente, com apenas uma manta a aquecendo do frio da noite. Alcançando a varanda no fim do corredor, onde outros ouvidos não podiam alcançá-la, ouvi-la, Elain quebrou.
Parada na varanda com o vento fria da noite lhe batendo o rosto, Elain chorou.
O sentimento de fracasso a dominou.
Ela não sabia como Attor havia encontrado a cidade, ou que truques ele havia usado para invadi-la. Isso tão pouco importava, não naquele momento.
Não importava.
Seus esforços haviam sido inúteis. Sua jogada com as rainhas uma perda de tempo. Ela não havia conseguido impedir o inevitável.
Não havia conseguido proteger Velaris.
Não havia conseguido impedir o ataque.
Aquele povo, aquela cidade, ainda haviam sofrido.
Ela havia fracassado.
E ali, no frio da noite. Sozinha. Elain chorou.
Chorou pelas vidas que foram perdidas naquele confronto, naquela invasão.
Chorou com o sentimento de fracasso por não conseguir detê-los.
Chorou pela certeza do futuro que as aguardava, pois agora tinha certeza que não conseguiria mudá-lo. Chorou pela dor que as aguardava.
Chorou pela decepção.
Elain chorou.
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Rebirth Court
FanfictionElain amava o universo de acotar, a história era incrível, e gostava mais ainda do fato de haver uma personagem de mesmo nome que ela. Um dia, em sua caminhada de volta para casa, Elain sofre um acidente. Ela achava que morreria, mas qual não é sua...