O eco do Vento soava pela caverna noite adentro como um grito fantasmagórico perdido no frio congelante daquela noite fria, mas Feyre mal podia ouvi-lo o bater de seus dentes. Ou dos de Lucien.
Eles haviam corrido muito. Suas vidas haviam dependido disso.
Correram fugindo da Corte Primaveril, após matar os gêmeos de Hybern e a Vadia Ianthe.
Feyre fez questão de dar ela a morte mais dolorosa que o pouco tempo que ela teve para lidar com a vaca lhe foi permitido.
Fez isso, por se mesma, e por Lucien, mas principalmente por suas irmãs.
Foi e não foi uma supresa para ela que Lucien lhe acompanhou em sua fuga.
Foi uma supresa, pois, embora ânsiase ter seu amigo de volta não tinha certeza se isso um dia aconteceria. E não foi, pois, por mais que ele fosse orgulhoso demias para admitir, temeroso demais sobre aquilo que ele achava que conhecia sobre a Corte e fiel demais ao que achava que devia a Tamlim, Feyre tinha visto os sinais.
Elain sempre lhe disse que devemos saber diferenciar pessoas que valiam a penas das que não, real arrependimento do falso, saber perdoar erros – embora nunca esquecê-los, não perante uma confiança ainda quebrada pelo menos – mas saber fazer com que aja luta certa pela reconquista da confiança. Saber diferenciar amigos de inimigos, causas com salvação de causas que nem mesmo valiam a pena.
Tamlim era alguém que não valia a pena, não para ela pelo menos. Eles nunca poderiam ter qualquer tipo de relacionamento novamente – e ela concerteza não desejava mais isso, não depois de tudo, não depois de Hybern. Ela havia cumprido sua promessa a ele, a promessa que ela havia feito em Hybern sob a angústia e desespero por tudo que estava se passando lá naquele momento.
Ela havia destruído sua Corte e tudo o que ele amava. E não se arrependia.
Embora pensar no povo daquela Corte, lhe trouxesse um pouco de arrependimento. Ela sabia que teria que fazer algo por eles, principalmente depois do ela fez ao lar deles, mas isso era algo que ela teria que resolver depois. Se ela sobrevesse a aquela noite. Depois que tudo aquilo acabasse.
Lucien era alguém que valia a pena. Ele era seu bom amigo, mesmo que tenha cometido erros – erros que doíam nela –, e a grande parte da confiança que ela tinha nele tenha sido quebrada, ela sabia que ele valia a pena. Ela via o arrependimento queimando e doendo em seu olhar.
Ele havia dito nunca derramaria lágrimas por ela, mas ela se lembrava bem das lágrimas que desciam por seus rosto, quando ela rapidamente, por um pequeno momento, identificou seu ser entre a multidão de feericos graças a seus cabelos ruivos, da dor em seu olhar, quando ele olhou para ela em sob a montanha quando Amarantha de torceu o pescoço.
Ela viu através daquele mês, como as coisas eram muito mais complicadas do pareciam – e Elain a ensinará bem a tentar a ver os dois lados. Como ele a defendeu de Tamlim quando ele quebrou a promessa de não machucá-la mais.
Não seria fácil confiar novamente, talvez eles nunca voltassem a ser como antes, mas ela não podia deixar de ansiar por ter seu velho amigo novamente, como eles haviam sido no início. Então, mesmo com a desconfiança e a cautela, ela deu a ele um voto de confiança.
Eles estavam em uma situação complicada no momento.
Depois de correrem tanto e serem atacados pelos irmãos dele, restou a eles apenas se abrigar no fundo de uma caverna.
Seus corpos junto um ao outro, compartilhando calor para que eles não morressem congelados, o que era uma grande possibilidade com eles estando no estado em que se encontravam. Pingando molhado.
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Rebirth Court
FanficElain amava o universo de acotar, a história era incrível, e gostava mais ainda do fato de haver uma personagem de mesmo nome que ela. Um dia, em sua caminhada de volta para casa, Elain sofre um acidente. Ela achava que morreria, mas qual não é sua...