Capítulo 40

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Elain encarava o céu pela janela do quarto. As estrelas brilhantes lá fora. Lucien andava inquieto ao lado da cama.

"Vai fazer um buraco no chão desse jeito" Ela disse suavemente.

Lucien a olhou pelo canto de olho, era difícil de ler seu olhar.

Após tirá-la da biblioteca e acalmá-la, Elain se sentira cansada, mas não o suficiente para não falar. Contar o que acontecerá na biblioteca, fora a parte fácil, a reação de Lucien entretanto, não.

O macho andava de um lado para o outro dentro do quarto desde de então, inquieto e com o rosto e o olhar ilegível. Era difícil saber o que ele estava pensando.

Lucien suspirou, se aproximando da cama parando e se abaixando diante de onde Elain estava deitada na cama até que seus olhos estivessem igualados em altura.

"Por que? Por que se arriscar desse jeito?" Ele perguntou, a voz baixa, preocupada.

"Por que eu nunca poderia deixar que fossem Nestha e Feyre lá. Nunca"

Lucien fechou os olhos, respirando fundo. "Prometa que nunca mais fará algo assim"

"Lucien..."

"Prometa!" Seu olhar era desesperado. "Me inclua em seus planos, me use como peão se necessário, me leve junto mesmo que seja para morte certa, mas me Prometa que nunca mais fará algo assim, sozinha"

"Lucien..."

"Sei que não vou conseguir impedir você de fazer algo, principalmente se estiver relacionado a suas irmãs..." respirou fundo buscando forças. "Então me prometa que não fará nada assim sozinha novamente. Você disse que queria tentar, fazer  o nosso laço dar certo, então por nós, por favor, prometa que não fará nada assim sozinha de novo" ele apelou.

Elain olhou para ele, para a profundeza de seu olho e seu olhar firme, a preocupação quase palpável transmitida por casa fibra daquele laço que os unia. Uma lágrima triste e solitária escorreu por seu rosto perante a lembrança do terror e do medo que sentio na biblioteca, ela nunca poderia passar por aquilo novamente, não se pudesse evitar e não sozinha.

Ter seu parceiro a seu lado, lhe dando forças confortou seu coração. Era bom ter alguém tão íntimo. Era bom ter um parceiro.

A jornada que eles teriam que trilhar para que desse certo, não seria fácil, e ela sabia que não facilitaria escondendo coisas dele ou se arriscando daquela forma, mas Elain sabia também que ele respeitaria o tempo dela.

E quanto a se arriscar, ela não via problema em fazer isso desde que eles se arriscassem juntos. Elain, sabia, sentia, que pouco a pouco Lucien estava se tornando sua força. Ela realmente estava apaixonada.

"Eu prometo" sua voz soou baixinho.

Lucien se esticou, seu corpo sobre o dela na cama. Seu rosto próximo ao dela, seus olhares conestados, seus halitos se misturando em uma respiração ansiosa. Os lábios grossos de Lucien encontraram o rosto de Elain, beijando sua lágrima. Seus dedos ásperos afagando as bochechas macia dela. Suas testa justas, unidas.

"Eu não sei os seus planos e não sei o que vai acontecer, como você. Mas seja lá o que for, vamos fazer isso juntos" a voz dele era baixa e rouca.

"Vou precisar de você, da sua força. Preciso de você" e sentia que precisava quase desesperadamente.

"E eu estarei aqui pra você, Elain. Pequena corça. Minha senhora, minha doce senhora"

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