Capítulo 38

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Elain não se vestirá em nada parecida com a Corte Noturna. Nem ela, nem Lucien.

Ela se vestirá de branco, em um vestido brando longo de tecido leve e fluido, apenas um pequeno toque dourado marcava presença em sua vestimenta.

A roupa era uma mensagem. Uma mensagem para Eris, e ela sabia que ele entenderia.

A primeira parte de todo aquele jogo de máscaras em frente a toda a Corte do pesadelos, não fora de longe agradável, muito menos com o pequeno episódio dos três seres ousados o suficiente para tentar tocar em Feyre com seus poderes. E agora, ali na sala de guerra – que era quase tão grande quanto a sala do trono –, Elain esperava seu momento de agir.

Quando Eris entrou, Elain não pode de deixar de reparar no sutil e quase imperceptível olhar que ele deu a ela. Examinando as vestimentas dela tão diferentes das dos outros, e franzindo a testa para o leve sorriso que ela lançará a ele. Se Eris era tão inteligente quanto Elain sabia que ele era, então ele sabia quem ela era, e tinha indícios – não uma conclusão – do que suas roupas representavam.

Quando eles chegaram a parte do espelhoe Keir teve a audácia de debochar de sua irmã, quando a isso, Elain viu que era sua hora de agir.

"Traga o espelho" a voz de Elain era neutra como um dia frio. Keir olhou para ela desacreditado. Se a achava a louca por propor que alguém realmente olharia para o Ouroboros ou se estava espantado por ela ter coragem de interromper uma conversa que não a cabia, ela não sabia. Ele não era o único. Elain havia se tornado o centro da atenção de todos.

"O que?"

"Você disse que daria o espelho como presente de acasalamento a minha irmã se ela pudesse olhá-lo. Ela vai. Traga o espelho"

Elain. A voz de Feyre soou em sua mente.

Você olhará para o espelho, Feyre.

Elain...

Você fará isso.

Ella...

Você é fraca Feyre?

Uma pausa. Não, eu não sou.

Isso mesmo. Você não é fraca. Você é forte, seja forte.

"Quem você acha que é para interromper minha conversa com Rhysand, menina?" Ele perguntou cheio de escárnio, com ameaça.

Frio se espalhou pela sala, conforme as expressões de Feyre, Rhysand, Azriel e até de Morrigan ficavam duras.

Elain sorriu. Aquele sorriso doce, que escondia o veneno e a armadilha de uma cobra ardilosa preste a dar o bote. Aquele sorriso que enganava a até mesmo aqueles que mais ardilosos e poderosos. Aquele sorriso que enganara até mesmo a Rhysand em seu primeiro encontro. O doce sorriso da morte.

"Eu sou Elain Archeron. Irmã e cunhada dos Grão-Senhores a Corte Noturna. A abençoada pelo Caldeirão"

A face de Keir ficou rígida a revelação.

"Traga o espelho" Feyre ordenou em seguida.

"Se tem tanta confiança de que pode olhar, então o trarei pra você" a face de Keir havia recuperado sua arrogância, como se soubesse que fracassariamos.

Então ele se foi, deixando-os sozinhos com Eris.

O herdeiro Outonal apenas bebeu de seu vinho.

Mor abriu a boca, mas Elain não permitiu que fosse a primeira a falar.

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