O CHEFE DO TRÁFICO [CONCLUÍDA]

Capítulo 17

RAFAEL.

Uma semana.

A porra de uma semana sem uma notícia sequer de Madu. E eu não faço ideia do que aconteceu. Cheguei a ir na faculdade dela no horário de saída, pra tirar satisfação do porque ela não respondia as minhas mensagens, mas ela não tinha ido. Leonardo me confirmou que não viu ela em nenhum dia dessa semana.

Hoje era domingo, eu estava em casa, olhando pro nada, já era quase noite e eu estava esperando Felipe e Cauê que milagrosamente avisaram que viriam aqui hoje, não chegaram de surpresa.

Cauê teve alta na quarta feira, ainda estava em recuperação. Mas quem disse que ele fica quieto?

Nenhum dos dois sabem ainda sobre o meu envolvimento com Madu, na verdade Cauê sabe parcialmente. Ele sabe que eu estava com ela enquanto tava rolando a missão na semana passada.

Minha campainha tocou e eu liberei sabendo que eram eles. Os dois chegaram com pizzas e refrigerantes e eu estranhei mais ainda, como assim eles trouxeram comida ao invés de me pedir pra comprar pra eles?

- E aí, chefe. Sentiu minha falta? - ele perguntou e fez toque comigo me puxando pra um abraço.
Era a primeira vez q eu o via depois que ele saiu do hospital. O cara nasceu de novo.

- Já tá pronto pra outra. - brinquei e ele se jogou no sofá com cuidado por causa do braço enfaixado. - O que deu em vocês que trouxeram a pizza hoje?

- Era caminho. - Felipe deu de ombros, colocou a pizza na mesa e fez toque comigo também.

- Uma pena que eu não consiga jogar videogame com o braço assim. Mas podemos fofocar de umas coisas que eu fiquei sabendo, né Felipe? - ele olhou cúmplice pra Felipe que gargalhou.

- Eu não vou me comprometer cara. Me deixa fora disso.

- Fiquei sabendo, Rafinha... - revirei o olho com esse apelido. - que você tinha visita aqui domingo passado. Até expulsou ele. - ele subia e descia as sobrancelhas e eu ri negando com a cabeça.

- Você é um puta fofoqueiro, Felipe! - olhei pra ele.

- Fofoqueiro nada, eu compartilhei informações.

- Então é verdade? Você tava acompanhado? - Cauê perguntou interessado. - Na verdade você nunca traz mulher pra foder aqui, sempre leva pra sua casa no morro. - agora ele me olhava desconfiado. - É quem eu to pensando?

- Eu ainda não leio pensamentos. - falei.

- Larga de ser sonso. Você sabe de quem eu to falando.

- Eita, porra. O que eu perdi? - Felipe falou.

- Eu tava com a filha do Soares. - me joguei no sofá.

- Rafael, Rafael. Eu já te falei. - Cauê diz em um aviso.

- O Soares? Delegado Soares? Porra, tu ficou maluco cara? - Felipe arregalou os olhos e quase pulou da poltrona que tava sentado.

- Não to maluco. A garota é gente boa, estamos batendo um papo. Na verdade a gente tava, porque ela simplesmente sumiu tem uma semana.

- Ela te deu perdido, óbvio. Ela sabe quem tu é? - neguei com a cabeça.

- E nem quero que ela saiba, por enquanto. - ele me olhou em reprovação. - Relaxa, cara. Já desapeguei da ideia de iludir ela e largar depois. To curtindo mesmo, ela é gente boa.

Os dois assentiram pensativos e logo engataram em outro assunto, dei graças a Deus por não precisar dar mais satisfações e os acompanhei no novo assunto.