RAFAEL - 30 de dezembro.
Era véspera de ano novo, quase cinco da manhã, decidimos sair cedo pra não parar em blitz ou fiscalização, até porque eu não estava muito bem com a polícia, então precisava evitar ao máximo.
Joguei nossas malas no porta malas e Madu entrou no banco do carona. Logo entrei também e comecei a dirigir rumo á Angra dos Reis, local que tínhamos combinado com os meninos.
Madu tinha melhorado do mal estar que sentiu no natal e teimosa do jeito que é não quis ir no hospital pra fazer exames, mas era visível que, comparado á aquele dia, ela estava bem melhor.
Encontramos Felipe e Ester no meio do caminho e eles seguiram estrada, mas nós paramos pra abastecer e Maria queria ir no banheiro do posto porque disse que iria explodir se não fosse. Ri e ela foi e voltou em minutos.
Vi de longe um frentista cutucando o outro e apontando pra Maria, olhando pro corpo dela de forma nojenta.
- E aí, parceiro, gosta do que vê? - perguntei alto e os dois se assustaram e me olharam. - Vai ficar comendo minha mulher com os olhos mesmo? Quer morrer, porra? - falei dando alguns passos na direção deles, mas Madu me segurou.
- Ei, vamos embora. - ela falou baixinho e eu dei as costas pra eles, voltando pro carro. - Pra que ciúmes, lindo? Eu sou só sua. - ela riu.
- Realmente, é só minha. - beijei ela e seguimos caminho também.
A estrada tava vazia por causa do horário e por isso acelerei até a adrenalina bater nas minhas veias, eu amo velocidade.
Em pouco mais de duas horas chegamos na casa de praia e Cauê já tinha chegado também, ele veio no dia anterior e trouxe duas amigas. Segundo ele são amigas, mas a gente sabe que são duas putas que ele trouxe pra comer e passar o tempo.
Coloquei as malas pra dentro da casa, no quarto que eu ia ficar com Madu e ela logo apareceu também com o rosto amassado porque dormiu metade da viagem.
- Dormiu pouco ein. - brinquei e ela me deu o dedo do meio. - Se quiser dormir mais, é só ligar o ar e a cama é toda sua.
- Não não, vou tomar um banho e descer. - assenti e peguei meu celular pra ir até onde os meninos estavam, na área da churrasqueira.
Felipe já acendeu um cigarro e passou pra mim, eu não bebia então fiquei só na minha mesmo, tragando um e ouvindo a conversa deles.
Senti a movimentação do meu lado e achei que era Madu, mas era uma das meninas que vieram com Cauê. Ela sentou do meu lado e encostou o joelho no meu. Seu cabelo loiro e longo caía sobre seu busto claramente siliconado e o batom forte vermelho denunciava pra que ela veio.
- Rafael né? - a voz enojada me deu dor de cabeça. - Te vi chegando, te achei um gato. Vamos ali no quarto?
As unhas postiças grandes arrastaram pelo meu braço e eu logo respirei fundo pra não empurrar ela pro outro lado.
- Valeu aí, to de boa. - respondi e ela riu.
- Tem certeza? - ela se aproximou mais e eu revirei os olhos. - Minha amiga e eu estamos loucas pra sentar pra você. Vamos lá?
- Já falei que não porra. Tô acompanhado.
- Então passa lá de noite, vou estar te esperando. - ela beijou meu pescoço e finalmente saiu de perto, percebendo que não teria sucesso nas investidas.
Os meninos estavam conversando e nem perceberam a aproximação dela.
Tirei a camisa por causa do calor insuportável e joguei ela pelo ombro.
Senti outra movimentação do meu lado, mas só pelo cheiro sabia que era Maria Eduarda. Ela pegou uma latinha de cerveja e cumprimentou os meninos que cumprimentaram ela de volta.
Os meninos puxaram assunto, mas ela só dava respostas monossilábicas, parecendo incomodada com alguma coisa. Coloquei minha mão na coxa dela e fiz um carinho ali, mas ela afastou a perna devagar, tirando minha mão dali. Franzi o cenho e olhei pra ela tentando entender porque ela tava com a cara fechada.
- Ei, linda. O que foi? - perguntei baixo e ela negou com a cabeça e bebeu mais um gole de cerveja. - O que aconteceu? Tá com esse bico aí porque?
- Nada! - ela disse simples e me olhou com um sorriso forçado. Porra, o que deu nela?
- Conversa comigo, Madu. - ela levantou, me olhou e acenou com a cabeça pra direção do banheiro da área externa.
- Vai me dizer que porra tá acontecendo? - falei com ela.
- Fala direito comigo, Rafael. - ela enrolou um pedaço de papel higiênico na mão, molhou embaixo da torneira e virou pra mim. - Vira.
Virei pra direção que ela mandou e ela começou a passar o papel no meu pescoço, saindo uma mancha vermelha. Eu ri entendendo o porque ela tava puta.
Ela parou e me olhou, tratei logo de tirar o sorriso da cara.
- Tá rindo do que? - ela perguntou e voltou a limpar.
- De você com ciúmes. - ela me olhou com cara de poucos amigos.
- Não é com você que eu to brava. É com aquela... puta... isso que ela é. - era a primeira vez que eu ouvia ela falando palavrão e isso tornava a cena ainda mais engraçada. - A outra veio me atazanar, falando que você ia ficar com ela e a amiga dela. Ignorei ela e quando saí da casa, você ainda tava dando moral pra aquela outra puta.
- Dei moral pra ninguém não, linda. Ela que veio com papo de querer fazer menage, faço essas coisas não. Não tá confiando em mim?
- Confio em você, não confio nelas. - ela terminou de limpar e beijou minha boca.
- Mas se você confia em mim, isso basta.
- Eu não vou provar nada pra ninguém, elas vão ver que você tá acompanhado e vão te deixar em paz. Assim eu espero.
- Vamos voltar lá com...
- Na verdade... a gente pode aproveitar esse pouco tempo a sos aqui, o que acha? - ela passou a mão pelo meu peito nu e eu ri sacana pra ela.
- Eu criei um monstro. - ela riu.
Beijei a boca dela vorazmente, passei minhas mãos por cada parte de seu corpo, Madu estava entregue ali e eu amava ver ela dessa forma.
Desci na altura da sua virilha, sem quebrar o contato visual, e passei a boca de leve naquela parte. Peguei uma de suas pernas e passei por meu ombro pra ter maior acesso a aquele pote de ouro na minha frente.
- Uma delicia, caralho. - falei antes de chupar cada pedacinho da sua buceta e em minutos ela gozou na minha boca , gemendo alto, sabendo que a distância e a música alta do lado de fora impediria os outros de ouvir ela gemer.
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O CHEFE DO TRÁFICO [CONCLUÍDA]
RomanceMaria Eduarda passou uma vida difícil nas mãos dos pais. É uma jovem que sempre fez de tudo pra esconder o que vivia dentro de casa, mas quando chega Rafael, ele se sente na obrigação de proteger e tirar Maria Eduarda da casa onde ela tanto sofria...