VINTE E NOVE

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Martina

Eu acordo com um dor de cabeça horrível por causa do choro. Eu chorei tanto que teve um momento que não tinha mais uma gota de água para sair dos meus olhos. Eu me levanto para me arrumar, vou para uma entrevista de emprego, a diretora da outra escola me indicou, ela me disse que sou uma ótima profissional e que essa escola era até os 9 anos, meu sonho é ser professora de criança.

Quando o xixi começa a sair eu sinto uma dor muito forte e eu me lembro do que aconteceu ontem ou hoje de madrugada não lembro o horário, saiu um pouco de sangue mais bem menos do que eu esperava.

Eu tomo um banho gelado pra tentar amenizar o inchaço nos meus olhos, não quero ter que explicar nada para Regina.

Eu saio do banho, ainda é cedo mas não quero me atrasar.

- Aí!- assim que eu passo a toalha nas minhas partes íntimas eu sinto dor. O quão grande ele era pra doer assim?- Idiota, espero que você esteja bem longe e queime no inferno.

A manhã está maravilhosa. Os raios de sol cobrem a cidade sutilmente. Eu recebi uma mensagem da minha tia dizendo que breve irá falar comigo pessoalmente e que o Valentim não será mais meu guarda costas e isso em dá um tremendo alívio, ela também disse que terei outro da confiança dela.

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Valentim

O avião pousa antes das 7 horas. Estou exausto e com um dor de cabeça insuportável. Cinco malditas horas de viagem. Cinco longas horas sem pregar os olhos.

Eu fui ensinado que uma mulher pura deve sangrar na primeira vez em que faz sexo, meu pai sempre falava isso. O burro do Juan até agora não respondeu. Deve estar de ressaca.

- Buenos días Valentine, ¿cuánto tiempo?- a Lucrécia me cumprimenta

- Buenos días Lucrécia, ¿dónde está Jimena?

- La señora Jimena está esperando en el despacho, prepararé café y se lo llevaré.

Eu vou até o escritório, preciso falar com a Jimena, não quero mais ter que olhar para a Martina. Minha mente me tortura lembrando dela, de como sua linda buceta se apertou em volta de mim, mas eu lembro que teve outro cara lá além de mim e meu desejo some.

- Bom dia Valentim, sente- se- ela ordena.

- Bom dia- eu quero ser direto- Não vou mais cuidar da Martina, agora é definitivo- ela me encara- Eu vou ficar só com a parte das drogas e vou ficar aqui.

- O que te fez mudar de ideia?

- Estava me envolvendo demais e isso não é bom- não é uma verdade, mas também não é uma mentira completa.

- Hoje eu tenho um encontro com sua irmã, o Mariano nasceu na semana passada e hoje irei visita- lo, quer ir?- meus sobrinhos não tem culpa de nada, mas eu ainda não engoli o que a Cami me fez.

- Vou.- quero ver a Carmem, tem muito que a vi. Eu estranho que a Jimena não me questionou mais, será que ela sabe?

Sinto um grande alívio ao saber que Camila se mudou para uma casa só dela e não terei que ver o Rojas.

A casa é enorme e está cheia de seguranças. Minha irmã além de ser filha de um bandido, se casou com outro, um sócio do Rojas. Somos recepcionados por uma moça muito bonita.

-Buenos días, la Sra. Camila está esperando.

- Tío Tim- a Carmem vem correndo e eu a pego no colo.

- Hola, pequeña- tem tanto que não a vejo, ela está cada vez maior e mais parecida com minha mãe.

- Tío, ¿dónde estabas? Te he echado mucho de menos.

- É? ¿Cuánto te echo de menos?- eu amo quando ela faz isso

- Éste- ela abre os pequenos braços mostrando a saudade- Ven a ver a mi hermano- ela fecha mão em concha e fala baixo no meu ouvido- Es feo, sólo llora, pero no se lo dirá a mi madre- coitado do Mariano. Eu a coloco no chão e ela me leva até a minha irmã.

E pra minha surpresa o Rojas está aqui, carregando o neto com se fosse um avô exemplar.

A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE CARTEL (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora