SEIS

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Valentim

- O que você tá fazendo?- o Juan além de pé no saco é oferecido.

- Testando uma mistura potente- se tem uma coisa que eu amo nessa vida é a química, graças a ela eu consigo criar drogas no quintal da minha casa.

As minhas aulas acabaram antes do meio dia e eu vim pra casa e estou tentando esfriar a cabeça desenvolvendo algo pra misturar nas drogas, tem horas que eu estou aqui.

- Tá  fim de sair pra beber? Eu e o Henrique estamos indo.

- Não. Vou ficar trabalhando nisso.

Eu tenho certeza que vou ter paz pelo resto da noite e vou poder ficar sozinho com meus pensamentos e minhas criações.

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Eu levanto pra ir tomar água, minha garganta tá seca. Eu experimentei a mistura que eu fiz mais cedo e o coisinha ruim, mas ela vai diminuir drasticamente o efeito da heroína e as pessoas vão ter que comprar mais.

Quando eu passo na sala vejo a sombra de uma mulher sentada no sofá. Deve ser acompanhante do Juan.

- Criatura, o quarto do Juan é naquela porta- eu aponto e vejo a sombra virar.

- Ele tá ocupado, aliás essa casa tem um ótimo isolamento acústico- Martina? O que essa garota tá fazendo na minha casa?

- O que você esta fazendo aqui?

- Minha amiga queria sair com ele, mas ficou com medo de me deixar sozinha e eles pediram pra eu esperar aqui- que garota imbecil, ir na casa de estranhos. 

Eu desisto da água e vou fazer um joguinho com ela. Quando me aproximo ela se encolhe um pouco.

- Você devia saber que vir até a casa de estranhos sozinha é perigoso- eu acabo com o espaço que tem entre nós- E se eu quiser te foder nesse sofá?- eu abaixo e fico na altura dela. Tadinha, igual um coelho enjaulado.

Ela aperta firme os braços do sofá, a luz fraca de algum canto da casa me dá um vislumbre. Eu a agarro pelo pescoço e a levo até a parede mais próxima.

- Não tem pra onde correr- ela treme um pouco- Sem barulho- eu tampo a boca dela com uma das minhas mãos. Ela ainda não sabe quem eu sou?

Com a outra mão, eu vou explorando o frágil corpo dela. Martina, minha querida, você não devia ter vindo aqui e ainda escolheu um dia que estou um pouco alto. Não vou fazer sexo com ela a força. Nunca faria isso, mas se ela não falar nada e nem tentar me impedir, eu vou comer essa buceta que eu queria que fosse minhas desde o ensino médio.

Eu chego na barra da saia e abro o zíper e desço a saia, ela não falou uma palavra se quer e minha mão não está a impedindo de falar assim.

- Uma puta como qualquer outra, não aguenta um toque de homem que fica toda molhada- porque ela não fala nada? Que idiota. Eu faço um presão pra que meus dedos entrem nela.

- Para- a voz dela sai trêmula- Não faz isso... por favor.

- Porque não? Só eu que não posso usar?- eu tento colocar os dedos dentro dela mais uma vez e ela fecha as pernas- Se fizer isso é pior- ela começa a tremer. Foda- se. Eu faço um pouco mais de pressão e ela afunda as unhas no meu braço e eu sinto que tem algo no caminho dos meus dedos.

- Para- ela está chorando- Está... me machucando, por... favor.

- Sai da minha casa. Agora!- eu a vejo consertar suas roupas e se atrapalhar um pouco pra sair. Que merda foi essa? Será que ela estava falando a verdade esse tempo todo? Não tem como.

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Martina

Eu me sinto a pessoa mais suja do mundo. Eu nunca tinha sido tocada assim na minha vida e saber que aquele cara estava disposto a fazer qualquer coisa comigo me deixa enjoada.

Foi uma péssima ideia ter vindo a casa de um desconhecido, a Regina tá dormindo de boa com o cara que me disse que tinha um amigo legal e olha como eu estou... humilhada mais uma vez.

Assim que coloquei os pés na minha casa, eu entrei direto para o chuveiro, não vai adiantar, mas é melhor que dormir com fluidos daquele homem. Eu termino o banho e vou deitar. Agora posso chorar em paz.

A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE CARTEL (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora