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Nota: O capítulo abordará o gênero jurídico. Baseia-se nos seguintes: Código Penal, Código Processual Penal, Constituição, Direitos Civis, Direitos Humanos Universais. As fontes são brasileiras, pois o material é o único acessível para consulta. O objetivo é obter a construção de uma narrativa congruente e solidificada. Adaptei o que era cabível ao contexto.

Isso é uma obra de ficção e não visa de modo algum retratar atos processuais em sua veracidade. Não há caráter informativo, além do fato do Direito ser hiperativo e divergente em todas as partes do mundo para atender a sociedade local e suas necessidades.

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Uma reunião corporativa estressante havia acabado de ser encerrada após muito esforço por parte de Seonghwa. Quem o visse, o conhecendo, saberia que em sua cabeça havia chamas fervilhando todos os seus raciocínios. Ele não gostava de ser o tipo mais severo, mas supervisionar e direcionar no geral exige um pulso firme e um olhar mais criterioso. Pois, preferia morrer do que tomar esporro atrás de esporro do senhor Kim, o CEO da corporação, a quem se reportava. O que, de fato, não era possível evitar durante a percepção de deslizes por parte do departamento que era responsável e representava.

— Ainda não consigo entender como um contrato de licitação que não passou por você foi assinado — Lee Minho, Coordenador Jurídico, continuou na sala on-line após a saída de todos, para uma conversa particular. — Isso é um erro grave. Mesmo com o comercial relatando a triagem do caso, não fez sentido algum terem aceitado cláusulas que vão contra as nossas diretrizes.

Seonghwa bufou, massageando o arco do nariz. Afundou suas costas na cadeira confortável de seu escritório, chegando a uma conclusão: detestava o seu emprego na maior parte do tempo, apesar de depender do cheiro dos papéis impressos dos documentos jurídicos para viver.

— Não pode acontecer de jeito nenhum. Tudo precisa passar por mim ou por você antes, absolutamente tudo que se enquadra em termos e obrigações — pontuou, categórico. — Agora, se não conseguirmos que a outra parte aceite um termo aditivo nosso, seremos penalizados. A diretora Yang me ligou hoje no primeiro horário do dia e alugou os meus ouvidos por duas horas, e ela não é nada gentil. Não tenho ideia como vou explicar esse problema quando o senhor Kim me requisitar na sala dele.

— Não acho justo colocar todo o peso nas suas costas se o erro foi do departamento comercial, que pulou as etapas processuais da empresa puramente por pressão do cliente. Foram induzidos, mas é claro que devem ser responsabilizados — Minho bebeu um gole enorme de café, enquanto se concentrava em conversar com Seonghwa e redigir um e-mail. — Estou agora mesmo em contato com o cliente e com o responsável comercial por ele, para entrarmos em um acordo que seja justo.

— Eles são irredutíveis — crispou os lábios. — Espero que o meu chefe não queira a minha cabeça na mesa dele.

— Eu vou fazer o possível. Também vou te apoiar na reunião com o senhor Kim, durante a tarde — gentilmente sorriu, tentando soar acalentador. — Por favor, Seonghwa... não se pressione tanto. Já basta o que aconteceu com o presidente Choi. Isso deve estar te deixando estressado.

Seonghwa não tentou fingir que não. Primeiro, San sofreu um acidente, o que por si só, foi um acontecimento devastador por mais neutro que Seonghwa fosse. Segundo, ele era o presidente da corporação e sua presença era fundamental, assim como o seu suporte. A vice-presidente era excelente também, mas não se equipara em termos de sinergia com Choi San. Ele entende absolutamente sobre todos os setores da Handmade; ninguém poderia ser melhor do que ele quando o assunto era liderar.

RAINBOW  |  WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora