HELLOOOUUUU
Creio que já comentei com alguns, mas eu e a Sahh temos outra long além de OPM e Greaser, estazinha, ~Meninos Malvados~, obviamente inspirada no icônico Meninas Malvadassss (quem nunca assistiu toma vergonha na cara e vai ver).
Até então ela só estava disponível no spirit fanfic (vamos fingir que minha preguiça para adaptar a capa não tem nada a ver com isso ksks), e já vou avisando que ela ainda está em andamento na outra plataforma, com uns 7 capítulos, mas, pra quem só gosta de ler aqui, relaxa que vamos ir soltando os outros rapidinho, belê? Preparem-se para passar nervoso com uma mais nova aventura~ boa leitura!
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Meninos Malvados
por Linesahh
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Midoriya Izuku gostava de muitas coisas, mas, se fosse listar suas três favoritas, seriam: o campo, os animais e a matemática.
Em nível de afinidade, o campo vencia em disparado. Não havia nada, repetindo, nada melhor que acordar ao canto do galo e se afogar na paz das zonas rurais. Bem mais agradável que despertar ao som de buzinas escandalosas e palavrões ao pé da janela de seu novo quarto, isso era certo. E, falando em seu quarto, tudo nele era tão sem graça... Izuku queria ter trazido seu tapete de retalhos verde-musgo, mas sua mãe preferiu doá-lo às crianças carentes da igreja como forma de obterem algum tipo de bênção antes de partirem rumo à nova vida.
Também havia o cheiro. No campo, o ar era uma mistura de café fresquinho e bolo de fubá recém-saído do forno à lenha, além dos aromas adocicados do campo de margaridas, do mel produzido nas colmeias que viravam geleia real nos tempos de extração e da própria fauna e flora que, apesar da falta de nomenclatura, qualquer morador saberia reconhecer à primeira aspiração.
Era o cheiro da vida. Vida.
A cidade, por outro lado... fumaça, fumaça e, veja só, mais fumaça! Claro que havia mais aromas, mas todos pareciam afogados pelo monóxido de carbono provindo dos escapamentos barulhentos e detestáveis, cujas baforadas, além de prejudicar pessoas com problemas respiratórios, poluíam o meio ambiente.
Por fim, havia a estética. A aparência do campo e da cidade era de longe a maior diferença, embora não fosse a primeira a ser percebida. Os campos extensos, limpos e podados foram substituídos por solo pavimentado; as casas humildes e os celeiros, por dezenas de prédios e lojas; a população de pouco mais de mil habitantes, por uma que ultrapassava os vinte.
Para Izuku, era gente demais.
Bem, em segundo lugar em nível de afinidade estavam os animais. Antes de se mudar, Izuku estava ciente de que não os veria na cidade grande, sua mãe o avisou com antecedência para que ele não se desapontasse, mas as coisas se provaram um pouco diferentes quando chegaram. De fato, Izuku não os via ali, mas era como se os visse. Via-os andando nas ruas, trabalhando nas lojas e dirigindo carros. Não latiam, não miavam, não mugiam ou relinchavam, mas era como se latissem, miassem, mugissem e relinchassem.
As pessoas eram os animais. Izuku não sabia se era "coisa do campo", mas não via o povo de lá reclamar e xingar como na cidade. Uma discussão de trânsito poderia muito bem ser um embate de gados não alimentados. As contendas entre as vizinhas da frente simulavam duas galinhas se depenando pela atenção do galo. A despedida entre a mamãe e o filhinho na porta de casa antes de o ônibus escolar passar recriava a cerimônia do rebento deixando de receber a amamentação da mãe égua depois dos sete meses de idade.
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Meninos Malvados | Bakudeku
FanfictionMidoriya Izuku se sente um peixe fora d'água em sua nova escola, principalmente porque "escola" é novidade em seu vocabulário. Ex-moradores do campo, Izuku e sua mãe enfrentam os desafios da vida urbana, que se revelam mais difíceis do que imaginava...