Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1

Capítulo 5

Darlan

Entrei em meu quarto e fui até o banheiro, encostei na pia e encarei meu reflexo no espelho, droga, passei do limite, não deveria ter feito isso com meu primo.

Eu sempre tive dificuldades em pedir desculpas para coisas grandes assim, coisas menores, mais simples até consigo, mas fui longe demais com o Dimi, não acho que algo assim eu consiga me desculpar.

Apertei os olhos cerrei os punhos, ainda estou me sentindo muito nervoso. Em mais um momento de raiva dei um soco no espelho e ele se quebrou, sai do banheiro e fui até a varanda, observei o pessoal que fazia a guarda e me acalmei um pouco sentindo o cheiro da noite. Em seguida fui até minha cama me jogando nela e pegando meu celular, entrei em uma rede social qualquer e fiquei olhando o feed aleatoriamente.

Alguns minutos depois escutei batidas na porta e Dimitri falando em seguida.

—Darlan, posso entrar?

—Entra.

Ele entrou, se aproximou de mim e colocou um papel do meu lado, desliguei o celular e me sentei pegando o papel.

—Desculpa por hoje, eu não deveria ter ficado te provocando em um momento que você estava tão estressado.

—Tudo bem... -Pensei em pedir desculpas, mas não consegui, então desisti. —Dimi, seu pescoço está bem?

—Um pouco dolorido, mas nada demais, vai ficar tudo bem.

—Menos mal, quem são esses homens?

—Foram eles que tentaram nos roubar, Vincenzo e Marcelo descobriram, eles já foram capturados e estão em um dos nossos galpões, sua mão tá sangrando.

—Ah, nem havia reparado, não é grande coisa.

Dimitri foi até o banheiro, voltou com um kit de primeiros socorros, se sentou ao meu lado e começou a cuidar da minha mão.

—Eu vi o espelho, se cortou quebrando ele?

Assenti.

—Vou ter que dar ponto.

—Pode fazer o que precisa. -Continuei lendo as informações dos quatro futuros defuntos. —Membros da blue fire dragon, o que essa ganguezinha pensa que está fazendo?!

—Certeza que não sabiam que a carga era nossa, eles não teriam tão pouco amor a vida a ponto de fazer isso, quer que eu mande o Marcelo ir lá resolver isso, ou algum outro soldado?

—Na verdade, preciso desestressar um pouco, Dimi o que acha de nós fazermos?

—Claro, faz um tempo que não fazemos isso juntos.

—Vamos aproveitar e ensinar algumas coisas ao Fabrizio.

=>Horas depois.

—Me sai bem? -Fabrizio me perguntou.

—Sim, principalmente pensando pelo lado que foi sua primeira vez.

—Vamos nos limpar e trocar de roupa. -Dimitri disse.

—Vamos, mandem os corpos para o líder da blue fire dragon, vou até onde eles costumam se reunir, garantam que recebam os cadáveres antes que eu chegue. -Falei para meus soldados.

—O que planeja fazer? -Meu primo me perguntou.

—Apenas deixar um recado.

=>Tempo depois.

Cheguei onde a blue fire dragon costuma se reunir, entramos no local, a princípio alguns membros tentaram nos barrar, mas ao me reconhecerem o pânico dominou seus rostos, e rapidamente permitiram nossa entrada, ao entrar, meus soldados Marcelo e Vincenzo já estavam lá dentro ao meu aguardo.