Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1

Capítulo 19

Darlan

Ela é um pouco estranha, cheira os livros, confere o preço só para reclamar, mas até que eu gosto desse jeito maluquinho dela, e é muito bom vê-la empolgada assim, mais cedo ela não queria nem comer, e agora está saltitante me mostrando os livros e falando sobre cada um deles.

Eu estava determinado a fazer ela ter o melhor dia possível, após saímos da livraria demos mais algumas voltas, fomos ao shopping, almoçamos em um restaurante, assistimos

um filme no cinema, aprendi muito sobre ela hoje, gostos, manias, algumas histórias da época da escola, ela consegue ser bem faladeira quando quer. Estávamos no carro em direção a casa dela.

—E o que você fez quando o professor disse que se ele não conhecia a palavra, podia tirar nota da redação? -Perguntei.

—Eu perguntei se tinha como a gente saber com antecedência quem era o professor que ia corrigir nossas redações, aí ele disse que não e perguntou o porquê, e eu respondi que era para saber qual o nível do professor antes de escrever.

—Não acredito que você disse isso. -Não consegui conter a risada.

—Pois falei, só foi triste a advertência depois, mas se precisasse falava de novo, onde já se viu tirar ponto só porque não conhecia a palavra, eu provei que ela existia.

—Realmente, ele não podia ter tirado ponto se a palavra existia, chegamos.

—Obrigada por tudo hoje Darlan.

—De nada, até amanhã, é, me diz uma coisa, será se seu irmão já está em casa?

—Ele me mandou mensagem avisando que já chegou.

—Eu queria dar uma volta e conversar uma coisa com ele, pode avisá-lo para vir aqui?

—Claro, até amanhã.

Ela saiu do carro, entrou em casa e um pouco depois o Ravi veio até o carro, ele se aproximou e pela cara já sabia que eu queria falar sobre a carta.

—Entre. -Disse, ele entrou em silêncio e fechei as janelas. —Vincenzo tranque as portas e dirija.

—Para onde senhor?

—Apenas dirija.

—Sim senhor.

—Agora você não pode dar desculpas e sair correndo, "Ainda estou de olho" o que isso significa?

—Droga, você realmente leu. -Ele disse nervoso.

—Li, Ravi o que está acontecendo? Pode contar comigo.

—Não posso dizer, e você pode ser rico, mas é apenas um empresário, não vai poder fazer nada sobre isso.

—Confia em mim, acredite, eu posso ajudar.

—É só que... —Ele dizia muito nervoso e olhando em volta para todas as janelas como se tentasse ver alguém. —Entenda, eu não posso falar.

Parece que ele está com medo que alguém veja ele dizendo, os vidros têm um insulfilme muito escuro e estamos em movimento, não tem risco de sei lá quem escute, mas acho que só dizer isso não vai ser o suficiente para acalmá-lo, preciso de um ambiente que ele se sinta seguro.

—Vincenzo, vamos para minha casa.

—Sim senhor.

—Sua casa? -Ravi perguntou.

—Sim, confia em mim.

Lorena

O Darlan saiu com o Ravi, disse que iam dá uma volta e conversar, só não entendi porque meu irmão pareceu meio nervoso quando dei o recado, mas ok.