Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1

Capítulo 14

Darlan

Hoje tenho uma reunião na Proprietà Loiner's Corp na parte legalizada com investidores.

Tem muita coisa acontecendo, minha cabeça está uma loucura, além das questões habituais de negócios, ainda não temos atualizações sobre Jefferson, Lucio age de maneira estranha as vezes, mas nada muito relevante, mandei meu pessoal ficar muito atento ao Luan, afinal ele estava entre as fotos, também tem o mistério de quem foi que mandou Julian colocar a escuta no carro do Ravi, eu não paro de pensar sobre o que a Lorena está escondendo e para finalizar o atentado que sofri ontem.

Sinto que estou ficando muito estressado novamente, é um momento complicado, não posso me dar o luxo de perder a cabeça, isso aconteceu semana passada, ainda bem que não deu em problemas maiores, mas não quero abusar da sorte, não mesmo.

Estava chegando na garagem, Lucca providenciou um carro a mais em minha escolta como eu havia falado, agora vou ser acompanhado por quatro, contando com o meu totaliza cinco carros e dezoito soldados, parece meio exagerado eu sei, mas não podemos arriscar nesse momento.

—Bom dia padrinho. -Fabrizio disse abrindo a porta e beijando minha mão como sempre, mas dessa vez ele estava desanimado, na verdade triste e não conseguia nem disfarçar.

—Bom dia, algum problema? -Disse beijando sua cabeça.

—Nada que o senhor precise se preocupar.

Estou com pressa para a reunião, depois vou conversar a sós com ele.

Cheguei, os carros foram estacionados, como aqui é muito seguro, normalmente meu pessoal fica espalhado pela empresa e apenas um me acompanha, mas devido ao atentado ontem, Lucca disse que era melhor deixar pelo menos três perto de mim.

—Fabrizio, me espera no meu escritório depois que acabar minha reunião vou conversar com você.

—Sim senhor.

Fui até a sala de reuniões acompanhado de Vincenzo, Marcelo e Leonardo. Os investidores logo chegariam.

A reunião seguiu bem, conseguimos fechar contrato, após o final dela fui até meu escritório conversar com Fabrizio, pedi para meus três soldados ficarem ao lado de fora.

Entrei e o avistei me esperando, sentei em uma poltrona e apontei para ele se sentar no sofá em frente.

—Sabia que ia insistir em saber o que tá acontecendo, mas é besteira, e o senhor tá tão preocupado com tanta coisa esses dias, não precisa se preocupar com qualquer coisinha sobre mim.

—Pedir para eu não me preocupar não vai adiantar, garoto sabe que você é especial para mim, não sabe?

—Sei.

—Fabrizio, sabe que seu eu te perguntar algo, você não pode mentir, certo?

—Sim senhor, eu conheço nossas leis.

—Então me responda, o que está acontecendo?

—É que hoje, é o aniversário de morte dos meus pais biológicos.

Tinha esquecido que era hoje, normalmente nesse dia eu o deixo de folga, que droga, como fui me esquecer disso.

—Tem tanta coisa acontecendo que eu me perdi nas datas e não lembrei, pode ir para casa.

—Na verdade prefiro trabalhar, se eu for embora vou passar o resto do dia pensando nisso e é pior.

—Certeza?

—Sim senhor.

—Ok, você já foi visitar o tumulo dos seus pais esses dias?

Ele abaixou a cabeça e pareceu ainda mais triste quando eu falei isso.