Lorena
Meus pesadelos nunca foram tão intensos quanto essa noite, mas eu preferia continuar dormindo, acordar nesse mundo e lembrar que não tenho mais meu maninho, é pior que qualquer pesadelo.
Me sinto tão sozinha, meu coração aperta de uma forma inexplicável, me lembro da dor que foi quando perdi tia Ingrid e Liz, e lembro que nem pude vivenciar o luto por elas, porque voltei a morar com meu p... com aquele homem, e ele não deixou de infernizar nem naquele momento.
De um dia para o outro, minha vida virou de cabeça para baixo, minha mãe não se matou, foi assassinada, o homem que a vida toda chamei de pai, não é meu pai, o acidente da minha tia e irmã não foi um acidente, e tiraram meu bem mais precioso de mim, alguém destruiu a única família que tinha me restado.
Como que as coisas ficaram assim?
Quando reparei estava chorando novamente, escutei batidas na porta, alguém entrou e eu tentei em vão secar as lágrimas.
—Oi. -Fabrizio disse se ajoelhando ao meu lado. —Vamos descer? Tem uma mesa de café da manhã.
—Desculpa Fabrizio, mas não tenho força nem para levantar no momento, nem comer, nem nada.
—O padrinho falou que você não iria querer comer, mas ele disse para eu insistir, porque se não você vai passar mal.
—Ele te pediu para cuidar de mim de novo né? -Ele assentiu. —Falando nisso, cadê ele?
—Precisou sair, ele e o pessoal foram atrás de uma das pessoas que sabotaram o carro do seu irmão.
—Entendi, eu sei que você queria tá participando disso, desculpa minha presença acabar fazendo o Darlan mandar você ficar de babá.
—Eu sirvo a família e a ele, e você é importante para ele, então também é para mim, é uma honra saber que ele confia em mim para ficar ao seu lado nesse momento.
—Já falei que você é fofo?
—Já, agora vem comigo, se você não tem força, me deixa te sustentar.
Ele me ajudou a levantar, mesmo eu não tendo a mínima vontade para isso, depois ele saiu do quarto para eu me arrumar, após isso ele voltou e me ajudou a descer e ir até a mesa, me sentei e ele se sentou ao meu lado, olhei para ele e senti lágrimas caírem.
—Seu jeitinho, me lembra meu irmão.
—Desculpa.
—Não, isso é bom, eu gostei.
—Ah, fico feliz então, vamos, tenta comer alguma coisa.
Darlan
De manhã bem cedo, recebemos as informações de Allan sobre o homem do carro, tínhamos a identidade dele finalmente, e com isso conseguimos outras informações, como seu endereço, acompanhado de alguns soldados fomos até lá.
Antes de sair chamei Fabrizio, e pedi para que ele ficasse de olho em Lorena, não saísse de perto dela, não quero ela sozinha nesse momento, e percebi que os dois se deram bem.
Tempo depois chegamos a casa do homem, eu estava torcendo para ele ter informações relevantes.
—Não permitam que ele escape, e não o matem, o quero vivo, ele pode ser uma peça importante nessa história, vamos.
Entramos na casa e começamos a vasculhá-la atrás dele, quando eu e Marcelo chegamos no quarto principal, toda minha esperança se esvaiu de uma vez no mesmo instante.
—Pelo jeito ele realmente tinha informações úteis, mas chegamos tarde. -Marcelo comentou.
Pelo rádio avisei que havia encontrado ele no quarto principal o restante do pessoal veio até aqui.
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Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1
General FictionNÃO contém hot Darlan assumiu a poucos meses o cargo de Don em sua máfia, apesar do rapaz educado com a maioria as pessoas ao seu redor e protetor com quem considera importante, também possui um lado cruel e desumano, ao qual reserva para...