Capítulo 11

78 13 0
                                    


Darlan

Depois da conversa que tive com Lorena fiquei muito pensativo, as palavras dela realmente me afetaram, fico pensando o que será que ela passou, somos de mundos diferentes, mas sinto como se fossemos iguais.

Fazia um tempo que eu não me divertia como hoje.

Estou dirigindo de volta, vou levá-la em casa, olhei para o lado, ela pegou no sono, notei seu celular na mão, melhor eu pegar e guardar, se não pode cair, quando chegarmos eu entrego.

Assim que peguei o celular, e iria colocar no bolso ele começou a tocar, "número privado", não sei se alguém que ela conhece tem costume de ligar assim, mas tive uma sensação estranha diante daquilo, será se eu deveria atender o celular dela? Desculpe Lorena, mas vou fazer isso.

—Alô.

Seja quem for não disse nada e rapidamente desligou, acho que foi o mesmo que aconteceu hoje, pensei mais cedo que era bot de telemarketing, mas esses eles não funcionam a noite, deve ser alguém fazendo de palhaçada.

Quando estávamos chegando próximo a casa dela, ela acordou e eu entreguei o celular.

—Estava quase caindo da sua mão, se caísse para baixo do banco ia ser difícil para pegar.

—Obrigada.

—Você recebeu uma ligação, eu atendi.

—Atendeu meu celular sem permissão?

—Tive uma sensação estranha e atendi, era um número privado.

—Podia ter me acordado.

—Você parecia cansada, não queria te acordar.

—Tá, tá, não quero brigar por besteira, a ligação disse algo?

Deu para notar que ela ficou brava.

—Não, assim que eu atendi desligou sem falar nada, também foi um número privado que te ligou hoje cedo?

—É foi, deve ser alguém fazendo gracinha.

Chegamos em frente a casa dela e trocamos números de celular.

—Foi divertido hoje. -Ela disse mais calma.

—Obrigado por me acompanhar e pelas coisas que disse. Eu queria perguntar algo, você disse que sente medo e que sabe que ele pode se tornar real, o que quis dizer com isso?

—Meu pai era um cara horrível, quando eu e o Ravi conseguimos sair de casa e montar nossas vidas, mesmo assim ele ficava vindo atrás, sempre tivemos medo que ele tentasse algo, mas não precisa se preocupar, do jeito que ficou assustado quando você falou com ele, acho que ele não vai ter mais coragem nem de chegar perto, obrigada de novo por isso.

—Você é minha funcionária Lorena, além disso agora você e o Ravi são meus amigos, e lembra do que eu disse aquele dia?

—Você cuida dos seus.

—Eu cuido dos meus, não precisa me agradecer.

—Mesmo assim eu quero, obrigada Darlan, eu sinto uma sensação de segurança quando estou com você.

—Fico feliz em saber isso.

Saímos do carro e estávamos nos despedindo, quando Ravi chegou em casa, assim que nos viu estacionou e veio até nós.

—Oi Darlan, oi maninha, vocês saíram juntos?

—Demos umas voltas, como foi seu encontro?

—Perfeitamente perfeito, ela amou e eu também.

Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1Onde histórias criam vida. Descubra agora