Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1

Capítulo 34

Darlan

Lorena havia saído e o pessoal veio, ficaram surpresos com aquele cenário no meu escritório.

—Eles querem guerra, terão guerra. -Falei ainda de costas.

Me aproximei e todos sentamos nos sofás e poltronas ali.

—Quer agir? -Pietro perguntou e eu concordei, ele deu um sorriso. —Ótimo, eu também.

Conversamos sobre o pouco que tínhamos de informação em nossas mãos que se ligava a toda essa história, o professor ligado a Jefferson e o local onde está o líder da rain the shadow, pouca coisa, mas precisamos começar de algum lugar.

Discutimos sobre como agir dali para frente.

—Acho que isso vai demorar, vou mandar alguém levar a Bianca para casa. -Pietro disse.

—É melhor mandar alguém levar a Lorena também primo.

—Eu já mandei, Leo e Marcelo já foram levar ela a muito tempo. -Assim que falei isso ele arregalou os olhos e pareceu ter uma epifania. —Primo?

Ele colocou as mãos na cabeça e a abaixou parecendo sentir dor.

—Tudo bem filho? -Meu tio perguntou.

—Nada bem, você precisa mandar irem atrás dela agora Darlan. -Dimitri disse levantando a cabeça e me olhando nervoso e ansioso.

—Por que? -Perguntei confuso, porém preocupado.

—Acabei de conseguir lembrar aquela coisa importante que eu não conseguia recordar o que era, o Marcelo é o traidor, eu vi ele agindo junto com o inimigo no galpão, assim que notou que eu havia percebido ele atirou em mim.

Me levantei de uma vez, o Marcelo? Uma fúria e desespero subiu em minha cabeça, o traidor era alguém tão próximo assim? Tomara que ele não tente nada, e se tentar que o Leo perceba a tempo e consiga impedir.

Peguei meu celular fazendo várias ligações para o pessoal se reunir, vamos até a casa do Reinaldo, Lorena disse que iria lá antes de voltar para sua casa. Meu peito apertou, ela precisa estar bem.

Saímos em disparada até lá, Dimitri queria por tudo vir, mas ele ainda não se recuperou direito, então o proibi de vir junto.

Chegamos prontos para arrebentar a cara desse traidor, toda a admiração que eu tinha pelo Marcelo desde criança, em instantes desapareceu, aliás, desapareceu não, se transformou em nojo, ódio e intensa fúria.

Entramos na casa, a porta estava destrancada, ao adentrar a sala senti como se meu coração parasse, Leo no chão em uma enorme poça de sangue, Marcelo e Lorena haviam sumido.

—Leo! -Disse e fui até ele.

Me ajoelhei ao seu lado, ele já estava morto, meu amigo de infância estava morto, perdi mais um, mais uma pessoa que eu valorizava, segurei seu braço, olhei a tatuagem do brasão da família em seu pulso e lembrei o quanto ele se orgulhava de tê-la, fechei os olhos e respirei fundo me recompondo, estamos em um momento crítico, não posso ficar parado aqui.

Posso estar perdendo o amor da minha vida, Marcelo não pode machucá-la, não pode tirá-la de mim.

Me levantei e passei as mãos na cabeça em desespero, meu mundo está desabando de novo, estou perdendo o chão mais uma vez, mas não posso me dá ao luxo de ficar lamentando agora, preciso ir atrás de Lorena, existe uma chance de ela ainda estar viva, porém a cada segundo que passa essa chance diminui.

—O que fazemos agora? -Vincenzo perguntou.

—Qual seu próximo passo filho?

—Só vejo o sangue do Leo aqui, ela ainda pode estar viva, mas para onde podem a ter levado? -Pensa Darlan, pensa... —O colar! Coloquei um rastreador no colar que dei de presente a ela. -Peguei meu celular para ver a localização.