Capítulo 16

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Lorena

Ainda tenho recebido os telefones do número privado, que apenas fala "Ainda estou de olho", isso me deixa assustada, mas com exceção disso, a vida está ótima, consegui pegar meu carro, meu irmão conseguiu arrumar o problema no trabalho antes do fim do prazo, o cliente gostou do resultado e isso o fez ganhar muita moral no trabalho, tenho conseguido evitar Carlos nas últimas semanas, meu pai não tem mais dado as caras, estou me saindo muito bem no trabalho, meu irmão está praticamente namorando Vanessa, e eu e ele estamos cada vez mais amigos do Darlan e do Dimitri. E eu pessoalmente estou bem próxima de Darlan.

Acho que estou vivendo o ápice da minha vida.

A empresa já está praticamente vazia, tinha muito trabalho hoje, então resolvi ficar até mais tarde para terminar logo.

Finalmente terminei, só falta assinar um último documento, mas não estou achando aqui na minha mesa, tenho certeza que o vi mais cedo. Lembrei, teve uma reunião hoje, acho que ele ficou lá.

Peguei minha bolsa e fui até uma das salas de reunião, entrei e já o avistei em cima da mesa, peguei uma caneta na bolsa me sentei e assinei, pronto, vou deixar junto com os outros e ir embora.

*Alerta gatilho tentativa de est...*

Estava de costas para a porta quando ouvi a mesma ser aberta, alguém entrar e fechar, meu coração gelou ao escutar e reconhecer a voz.

—Tenho a impressão que você tem me evitado. -Carlos disse se aproximando de mim.

—Imagina, é que tudo tem andando tão corrido sabe, inclusive agora mesmo estou atrasada, tenho que buscar minha vó no karatê, então se me dê licença. -Ok, péssima desculpa, mas tanto faz só quero sair daqui, quando me levantei, ele se enfiou na minha frente, me empurrou e prendeu contra a parede, ele enlouqueceu de vez, e a essa hora não deve ter ninguém por aqui, se eu gritar duvido que alguém me escute.

—Acho que a vovó pode esperar, você é linda sabia, que tal conversarmos um pouco. -Ele disse passando a mão pelo meu rosto e foi a descendo lentamente, já entendi onde ele quer chegar.

Não acredito que isso vai acontecer comigo, lembrei do canivete, sem ele perceber, coloquei a mão no bolso, tirei, apertei o botão para abrir a lâmina, e em um impulso enfiei no ombro dele, ele gritou de dor, tentei correr mas ele agarrou meu braço e arrancou de uma vez a faca da minha mão fazendo ela sair voando para o outro lado da sala.

Antes que ele se desse conta, peguei no outro bolso o spray de pimenta que Darlan meu deu, mirei na cara dele e espirrei, ele me soltou no mesmo momento sentindo os olhos arderem.

—VAGABUNDA. -Ele gritou esfregando a mangá de seu terno no rosto.

Corri até a porta, mas assim que encostei na maçaneta, senti ele me puxando e jogando no chão, com o impacto o spray de pimenta escapou da minha mão, caiu e foi parar em baixo de um armário, como que esse cara é tão resistente?! Não tenho mais nada para me defender.

Comecei a gritar, torcendo mentalmente para alguém escutar, tentei resistir, mas ele é muito forte, o sangue de seu ombro pingava em meu rosto, ele rasgou minha camisa e começou a puxar minha calça.

O desespero só aumentou, lágrimas escorriam pelo meu rosto, fechei os olhos com força, por favor alguém passe por esse corredor, por favor alguém me escute, por favor alguém, alguém...

De repente em questão de segundos, foi muito rápido, escutei a porta ser aberta de uma vez, passos e Carlos ser tirado de cima de mim, abri os olhos, me sentei olhando em minha frente, Carlos no chão e Darlan em pura fúria o socando várias vezes.

Don Darlan - Máfia, família, negócios e sangue #1Onde histórias criam vida. Descubra agora