Acabo me teletransportando para a escola Jujutsu. Fora aqui, eu não sei mais para onde Satoru Gojo poderia ir. Pelo bem dele, espero que não à uma boate qualquer.
Já anoiteceu e andando até a entrada do prédio da escola vejo alguns alunos conversando e passando um tempo fora do local em seu curto tempo livre no turno da noite.
– Com licença. — peço assim que chego próximo a eles. – Gojo Sensei passou por aqui?
– Não. — um rapaz responde.
– Não que a gente tenha visto. — uma moça também diz.
– Certo, obrigada.
Eu agradeço aos alunos e entro no prédio sem perder tempo, indo diretamente para o dormitório dos professores. Pego o meu celular e ligo para o número dele. Porém Gojo não atende. Ele realmente está me ignorando.
Oh dejavu maldito.
Eu não passei por esse tipo de situação com o Nanami no nosso relacionamento de quase um ano. Ele era tão maduro que esse tipo de atitude nunca ocorreu da parte dele. O que tínhamos para resolver era na conversa cara a cara. Fosse mal entendidos ou ciúmes na maioria das vezes infundados, já que o Nanami era extremamente sério e estava sempre de cara fechada. Deveria ver quando alguma outra mulher se aproximava dele, era muito engraçado de se ver, ele olhava para as moças como se elas fossem uma mosca varejeira nojenta. Então, mesmo que outras garotas tentassem e muito dar em cima dele, era tempo e esforço perdido. O que eu lutei para conquistar ele não foi brincadeira. Da parte do Kento Nanami, ele era um homem muito seguro, mas não escondia o ciúmes da forma que eu tentava.
Mas Satoru Gojo é tremendamente dramático e infantil quando quer. As atitudes dele são bem diferentes do Nanami. Ele faz birra e corre.
Eu sorrio com o pensamento. De certa maneira, é bom ser diferente. Apesar de ser irritante.
Eu bato na porta do quarto do Gojo assim que chego na frente dela. Não há resposta.
– Gojo, sou eu. — digo me aproximando mais da porta. – Por favor, abra.
Silêncio.
– Vamos conversar.
Mais silêncio.
Eu encosto minha testa na porta e suspiro com as mãos espalmadas na madeira escura.
– Você realmente não está ai, não é? Não está me ignorando de propósito, certo?
Eu coloco uma mão na maçaneta fria da porta e a giro dando um leve empurrão. Ela não se mexe. Está trancada. Pego meu celular e ligo mais uma vez para ele, e novamente cai na caixa postal depois de tocar várias vezes.
Giro meu corpo com o pensamento em desistir de procurar por ele, pelo menos por hoje, e olhando para fora através das janelas do corredor vejo que os refletores do campo de treinamento ainda estão acessos. Talvez Gojo esteja lá. É um lugar que ele tem um certo gosto em estar. Talvez ele esteja espairecendo com algum aluno desavisado ou sei lá. Eu não tenho mais ideias e nem opções de lugares, então começo a caminhar para fora dali apostando na sorte.
"– Vai apostar na sorte até quando?"
Essa fala dele vem em minha mente me deixando quase irritada e pensativa demais. Mas digo para mim mesma, que em algumas situações é bom contar com a sorte. E farei isso de novo. Me pergunto o que Gojo diria se me visse apostando nisso uma segunda vez no dia.
No meu relógio passa das sete e meia da noite. As pessoas estão começando a se organizar e ir para o jantar. Eu consigo sentir o cheiro da comida e minha barriga ronca devido a fome. Mas primeiro preciso encontrar aquela benção e resolver o mal entendido.
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Expansão do Amor - 𝔖𝔞𝔱𝔬𝔯𝔲 𝔊𝔬𝔧𝔬
FanfictionÉ possível seguir em frente e amar de novo quando se perde o primeiro amor? Capa feita por: @if4kenma