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Acordo com uma puta dor de cabeça. Acho que foi devido a eu ter chorado como nunca antes.
Olho para o meu lado e a vejo dormindo serenamente. Ela me trouxe para o seu quarto ontem a noite depois que eu me acalmei. Me fez tomar um banho, e depois me fez dormir enquanto acariciava os meus cabelos. Não foi difícil pegar no sono. Primeiro porque eu estava cansado, principalmente mentalmente. E segundo porque ela conseguiu acalmar o meu coração ansioso e por eu estar ao lado dela. Minhas emoções com ela são dois extremos, ela me acalma mas também me deixa ansioso e inseguro.
Mas a nossa conversa de ontem foi importante para acalmar tanto a mim quanto a ela. Eu não havia percebido que não estava dando chance para ela se explicar fugindo feito um idiota todas as vezes que eu surtava com ciúmes. Eu preciso melhorar isso.
Mas eu consegui dizer tudo o que estava entalado. Confesso que fiquei com muito medo dela não querer mais nada comigo depois que ouvisse toda a minha paranóia. Mas no fim, ela decidiu me levar para conhecer o pai dela. E eu sei que foi a atitude que ela tomou para mostrar o quanto o que ela sente por mim é verdadeiro.
Meu sogrão. Sei que o Nanami não conheceu ele. O relacionamento deles não foi conhecido e nem oficializado para o pai dela e nem para a sociedade. O que eu estou pensando de novo? Balanço minha cabeça de um lado para o outro, na intenção de afastar esses pensamentos. Ela me pediu para não falar do Nanami mais e nem para comparar o nosso relacionamento com algo do passado. Ela está certa.
Droga, ainda continuo ansioso. E se o pai dela não gostar de mim, ou se não aprovar o nosso relacionamento? O quanto será que ela obedece e o respeita para que ela passe por cima da decisão dele e fique comigo mesmo contra a vontade do coroa?
Franzo minha testa para o teto do quarto pensando na merda que eu estou fazendo me precipitando em algo que ainda nem aconteceu.
Se acalma homem.
Eu viro meu corpo para ela e a abraço afundando meu nariz em seus cabelos. Minha barriga ronca e percebo que estou faminto e ela também deve estar, já que nenhum de nós dois jantamos ontem. Eu deveria deixar ela dormir mais. Ela também estava cansada devido a missão, mas é importante comer e manter o corpo forte e saudável. Eu pego o meu celular no criado mudo ao lado do dela perto da cama e olho as horas. São quase oito da manhã, ainda dá tempo de tomar café.
Deixo meu celular de lado e me aproximo dela beijando sua orelha e pescoço. Ela se mexe roçando o corpo em mim me fazendo ficar acesso. Isso não é bom. Não posso deixar ela sem comer outra refeição importante.
– Acorda dorminhoca. — eu sussurro em seu ouvido.
– Huuuum! — ela geme e se espreguiça empinando a bunda em mim.
Diabinha maliciosa.
– Vamos levantar. — eu digo subindo seu pijama e passando minha mão em sua barriga quente. – Precisamos tomar café da manhã.
