Antes
Yuri, 17 anosSentado a mesa de jantar com a minha família, comendo a comida que a minha mãe preparou mais cedo, ouvimos minha irmã casula tagarelar sobre o seu dia na escolinha. Ela diz que a sua turma foi a um museo onde tinha "ossos de dinossaulos" e "elefantes gigantes peludos".
Minha mãe ouve atentamente e sorri ouvindo Mai contar cada detalhe do passeio, enquanto o meu pai está completamente desinteressado no assunto da pequena. Mastigo um pedaço de uma batata gratinada na frigideira. O gosto é bom, muito bom. O sabor agridoce do tempero da batata casa perfeitamente com o frango assado e a vagem deliciosamente temperada. Minha mãe pode não ser a mãe mais presente e atenciosa do mundo, mas com certeza ela cozinha bem.
A Mai continua falando agora sobre as pessoas que estavam frenquentando o local e a sua professora que estava paquerando o guia do museo. Eu me pergunto como ela sabe o que é "paquerar" e o quanto crianças são mais observadoras do que a gente pensa. Eu solto uma risada baixa fazendo a atenção da minha irmã vim toda sobre mim.
– É sélio Yu Yu, a pofessola disse assim po home: " Você tabaia até que holas aqui?".
– Mai, isso não é paquerar alguém.
– Sim. — minha mãe completa com um risinho. – Talvez ela só estava curiosa com o horário de funcionamento do museo.
– Não mamãe. — minha irmãzinha diz séria. Ela está lutando para que acreditemos veementemente no que ela diz. – A pofessola estava até mexendo no cabelo assim ó...
Com isso, Mai começa enrolar os seus cabelos no seu dedinho indicador pequeno fazendo caras e bocas com um ombrinho um pouco mais alto que o outro. Arregalo meus olhos e mamãe quase cospe o vinho que ela acabou de colocar na boca.
– Jesus.
Ouço meu pai sussurrar enquanto minha mãe tenta não se engasgar com o vinho e a própria risada. Eu olho minha irmã rindo com toda a situação enquanto mexe as perninhas sem parar de baixo da mesa ao meu lado.
– Que danadinha essa sua professora, hein. — minha mãe diz limpando a boca com um guardanapo.
– Ela é solteila.
Mais uma vez minha mãe cai na risada e não deixo despercebido o canto dos lábios do meu pai curvado em um sorriso. A Mai com certeza tem o dom de fazer todo mundo rir. Até os mais insensíveis e brutos.
Balanço minha cabeça rindo baixo de todo o papo que acabou de acontecer. Meu celular vibra no bolso da minha calça de moletom cinza e o pego para ver o que poderia ser. Na barra de notificações o nome de Tsubasa brilha na minha tela com uma mensagem dele no Instagram. Meu coração dá um salto e minhas pernas tremem.
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Expansão do Amor - 𝔖𝔞𝔱𝔬𝔯𝔲 𝔊𝔬𝔧𝔬
FanfictionÉ possível seguir em frente e amar de novo quando se perde o primeiro amor? Capa feita por: @if4kenma