Percebo Gojo inquieto e nervoso ao meu lado. Ele ajeita a gola da sua camisa azul pela quarta vez desde que paramos em frente a casa dos meus pais.
Consegui marcar um encontro com ele nesse domingo para que os dois possam se conhecer. Meu pai ficou surpreso mas animado. O Gojo, bom... ele está quase tendo um treco. Ansiedade é uma merda.
– Amor, você está lindo. — eu digo segurando sua mão.
Eu olho para ele e seus olhos estão ainda mais arregalados encarando a porta da casa.
– Merda, por que resolveu me chamar de amor logo agora?
Eu pisco sem entender me perguntando se ele não gostou.
– Meu pau tá duro.
Eu seguro uma risada quando o meu pai abre a porta e olha para nós dois e sorri. Eu realmente espero que ele não tenha ouvido o que o Gojo acabou de dizer.
– Sejam bem vindos. Por favor, entrem.
Gojo está tão reto que ele está parecendo aqueles soldados parados em frente aqueles castelos ou aquelas grandes igrejas de Roma. Meu pai dá espaço para que possamos entrar na casa e eu guio Gojo até a sala de estar.
– Que bom que pudemos marcar um encontro hoje. — meu pai comenta quando para em frente a nós.
– Senhor. — Gojo diz limpando a mão em sua calça e a estendendo para o meu pai para um aperto. A mão em que está a aliança. – É um grande prazer te conhecer. Me chamo Satoru Gojo.
Meu pai aceita o cumprimento dele e da um aperto de mãos sorrindo.
– O prazer é todo meu. — meu pai diz e pela primeira vez Gojo relaxa. – Minha filha nunca trouxe um namorado para eu conhecer.
Eu sorrio sem jeito e Satoru Gojo me olha satisfeito, quase orgulhoso. Meu pai se aproxima de mim e me abraça dando um beijo em meu rosto. Gojo observa em silêncio.
– Vejo que trouxe algo. — meu pai diz olhando para a mão dele.
– Oh... sim, claro. — Satoru fala estendendo a mão que segura uma garrafa de vinho cara. A mesma que tomamos no jantar do nosso primeiro encontro. – É uma safra muito boa senhor. Creio que irá gostar.
– Obrigado. — meu pai agradece ao pegar a garrafa estendida em sua direção. – Não precisa me chamar de senhor, eu não sou tão velho. — ele diz dando um tapinha no ombro de Gojo. – Sentem-se, vou terminar de preparar o almoço.
Meu pai sai andando para a cozinha com Satoru Gojo atrás oferecendo ajuda. Eu sorrio vendo toda a cena e conhecendo bem meu pai, sei que ele gostou do Gojo. Se não, nem aceitado o aperto de mão ele teria. Meu pai é praticamente um anjo, mas ele não consegue esconder quando não gosta de alguém. Meu pai é o oposto em tudo da minha mãe, talvez seja por isso que eles se deram bem. Um completou o outro. Os opostos se atraíram.
Acabamos nós três na cozinha ajudando meu pai nos últimos preparativos da refeição. Eu fui terminar de arrumar a mesa de jantar e depois de vinte minutos estávamos sentados a mesa aproveitando a deliciosa comida do meu pai.
– Então Gojo. — meu pai diz chamando a atenção do homem. – Você é um feiticeiro muito famoso. Quando começou a ter interesse pela minha filha?
– Desde o começo senhor. — Gojo diz e para se lembrando do meu pai pedindo para não chama-lo assim. – Desde o começo.
Gojo limpa a garganta sem jeito e abaixa a cabeça levando outra garfada de comida na boca.
– Oh! — meu pai exclama simplesmente.
– Na verdade, ela não teve um pingo de interesse em mim. — Gojo explica. – Então eu tive que esperar muito.
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Expansão do Amor - 𝔖𝔞𝔱𝔬𝔯𝔲 𝔊𝔬𝔧𝔬
FanfictionÉ possível seguir em frente e amar de novo quando se perde o primeiro amor? Capa feita por: @if4kenma