Te amar não doí.

4.8K 137 11
                                    

Eu e Billie tínhamos acabado de brigar. Adivinhem o motivo? É, ciúmes!

As vezes eu até levo na brincadeira o ciúmes da minha esposa, mas tem vezes que realmente me irrita.

Billie simplesmente emburra a cara e quer que eu adivinhe o motivo daquilo.

Juro que tento entender. Mas dessa vez não deu.

Depois da briga feia que tivemos, Billie subiu completamente furiosa pro nosso quarto, o que me fez ficar ali embaixo na sala.

Eu sabia que se eu subisse naquele momento e fosse pro mesmo cômodo que ela, iriamos brigar mais.

Tentando me distrair pra tirar a briga da minha cabeça, fiz um lanche de qualquer jeito e comi pela fome.

Tentei ficar o máximo de tempo ali na sala, mas chegou uma hora em que eu não aguentei. Eu estava realmente muito cansada, só precisava dormir.

Por isso, enquanto suspirava pedindo aos seus pra que minha esposa já estivesse dormindo, me direcionei a escada que dava pro segundo andar de casa, a subindo e indo direto pra porta do nosso quarto.

Adentrei o cômodo em passos calmos e com um certo receio, percebendo na hora que Billie não estava na cama.

Um o barulho de água batendo no piso me tirou dos meus pensamentos, não demorou pra eu conseguir ouvir um soluço de choro. O soluço de Billie.

Senti meu coração diminuir em meu peito pela culpa. Eu odeio ouvir esse som, ainda mais quando eu era o motivo.

De certa forma, tinha um motivo pra Billie sentir esse ciúmes excessivo.

Antes de me conhecer, Bill já passou por relacionamentos muito tóxicos que a fizeram sofrer muito.

Isso inclui traição, agressão verbal e psicológica.

E naquela hora, pude crer que de certa forma trouxe esse gatilho novamente pra ela.

Suspirei em culpa, caminhando até a porta do banheiro e abrindo a mesma lentamente.

Meu olhar caiu em Billie no mesmo segundo. Minha mulher estava de baixo d'água com os olhos fechados.

Mesmo o vidro do box estando um pouco embaçado pelo vapor da água, conseguia a ver nitidamente.

Mordi minha boca, e tentando não fazer nenhum barulho, fechei a porta atrás de mim lentamente.

Quase no mesmo segundo levei minhas mãos a barra da blusa que eu usava, a tirando de forma calma do meu corpo.

Não demorou pra eu tirar toda a roupa que vestia. Não precisaria de todo aquele tecido em mim.

Quando acabei de tirar tudo, joguei tudo no cesto de roupas sujas que tinha ali no canto da parede, começando a andar em seguida até o box de vidro.

Sem aviso ou prévia, empurrei o vidro que se encontrava embaçado, conseguindo finalmente entrar dentro do box.

Senti o vapor esquentar meu corpo enquanto o cheiro do sabonete de Billie invadia minhas narinas.

Quando Bill ouviu o barulho do box sendo aberto, se assustou e abriu os olhos arregalados. Mas quando ela me viu ali, seu rosto mudou pra uma expressão triste e na mesma hora ela se virou de novo, ficando de costas pra mim.

Suspirei e levei minha mão ao registo do chuveiro, o fechando e fazendo a água parar de cair.

Levei uma das minhas mãos a cintura de Billie, que recuou pelo contato repentino.

- Eu tô aqui, Bill. Sou eu, hm? - sussurrei pra ela, ouvindo um soluço sair de seus lábios assim que me ouviu.

Levei meus braços a sua cintura, a abraçando por trás lentamente. Meu corpo quente com o dela que estava molhado se chocaram, me fazendo suspirar pesadamente.

Meu corpo chama por você. - Imagines b.e Onde histórias criam vida. Descubra agora