Bagunça preferida.

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- Vou pegar bebida, quer alguma coisa? - Billie perguntou no meu ouvido por conta da música alta que tocava. Olhei em seus olhos e neguei com a cabeça, logo vendo ela assentir. - Não sai daqui. Eu já volto.

- Não demora. - pedi enquanto soltava sua mão, vendo ela sorrir e andar pra longe, não demorando pra sumir no meio dos corpos dançantes.

Eu e Billie estávamos numa festa aleatória que com certeza é de alguma pessoa popular da escola.

Festa essa que eu não conhecia as pessoas e não estava nem um pouco afim de vir.

Billie encheu o meu saco a semana inteira e todas as vezes que ela vinha com a conversa sobre a festa, eu jurava pra ela de pé junto que eu não iria e nada me convenceria do contrário.

É, eu sei. Sou uma bunda mole por ter aceitado vir. Mas qual é? É sobre Eilish que estamos falando. Bill pode ser bem irritante quando quer alguma coisa.

Acredite, ter uma melhor amiga popular que é chamada pra todas as festas da escola não é tão legal quanto parece.

Preferia mil vezes estar em casa com Billie, vendo algum filme besta e se empanturrando de Takis, salgadinho que ela ama e me viciou.

Quando me mudei de cidade, e consequentemente de escola, tudo era novo e assustador pra mim. Tinha medo de não me dar bem com as pessoas e não conseguir me sair bem nos estudos.

Mas Billie não deixou isso acontecer.

No momento em que eu me senti mais sozinha, ela entrou na minha vida e mudou tudo. Bill é a única amiga que eu tenho aqui, e sendo bem sincera, a única que quero ter.

Eu sei que pode parecer besta, mas é tão bom ter alguém que está ali por você independente de qualquer coisa.

Billie é tudo que eu tenho. E nunca, nunquinha quero perder ela.

Meu pensamentos forma dispersos quando senti alguém atrás de mim.

- Olha só... Não acredito que a nerd gostosa está aqui. - ouvi uma voz masculina dizer.

Fechei meus olhos com força por reconhecer de quem se tratava na mesma hora.

Olhei pra trás num impulso e vi Thomas.

Revirei meus olhos e bufei. Sério? Até aqui?

Já perdi as contas de quantas vezes esse insuportável deu em cima de mim.

Todas as vezes que ele chega em mim com aquele papo chato de sempre, eu dou um fora nele. E sabe o que é mais incrível? Parece que ele não se toca nunca. Juro que tento ser educada algumas vezes, mas Thomas realmente me tira do sério.

Ele as vezes agia de forma estranha. Principalmente quando me encontrava sozinha nos corredores da escola.

Dei um passo pra trás quando vi que estava perto demais de Thomas, vendo o mesmo dar um sorriso estranho e se aproximar mais ainda de mim, me fazendo sentir o cheiro de bebida forte.

Revirei meus olhos, me distanciando mais.

- Tá gostosinha hoje, em. - Thomas disse com a voz lenta de bêbado, tentando se aproximar de novo.

Fiz uma expressão de nojo, tentando me distanciar mais uma vez, mas ele foi mais rápido e me puxou pelo braço de forma forte, me fazendo sentir dor.

- Me solta, você tá me machucando! - eu disse, tentando não demonstrar a dor que eu estava sentindo.

- Só uma ficada e eu te solto. Fica quietinha, vai ser bom. - ele me apertava cada vez mais enquanto dizia, me fazendo sentir o fedor de bebida que vinha da sua boca.

Meu corpo chama por você. - Imagines b.e Onde histórias criam vida. Descubra agora