- Bill? Diz pra mim, amor. O que aconteceu? - perguntei de forma baixa, revezando meu olhar entre o trânsito e ela.
Billie não me respondeu, virando o rosto pra janela ao seu lado. Ela tinha um bico tão grande nos lábios que se bobear batia no pára-brisa.
Sorri com meu pensamento, negando com a cabeça.
- Vida, fala pra mim, por favor. - pedi novamente, colocando minha mão mão direita em sua coxa que estava exposta.
Senti sua pele quente se arrepiar assim que entrou em contato com meus dedos gelados, me tirando um sorrisinho. Billie vestia um vestido preto colado e curto, a fazendo ficar mais gostosa.
Minha mulher é uma delícia... E muito complicada!
- Tira a mão de mim. - ela disse de forma séria e seca, pegando no meu pulso e tirando minha mão que estava apoiada nela.
Bufei, me dando por vencida e me concentrando no trânsito. Onde eu fui arrumar uma mulher tão brava assim?
Mesmo perguntando pra ela o motivo que a deixou com esse bico lindo nos lábios que me dá vontade de lascar um beijo, eu já imaginava o por quê disso tudo.
Estávamos voltando de um evento da minha empresa. Consegui abrir uma filial fora da Califórnia, e hoje fizemos uma reunião mais descontraída com os meus sócios.
Por ser em outro estado dos EUA, muita gente foi. Gente que me conhecia e eu nunca nem havia visto na minha vida.
Entre essas pessoas que eu não conhecia, tinha Isabella. Uma antiga funcionária minha.
Isabella já foi minha secretária a um tempo atrás quando eu estava assumindo a empresa. E como uma pessoa educada, ela veio falar comigo.
O problema não foi ela ter vindo falar comigo. Óbvio que não. O problema foi ela ter dado em cima de mim descaradamente.
Isabella falava encostando, ria de tudo que eu dizia e praticamente se jogava pra cima de mim.
Eu sabendo como minha mulher é, dei um "corte" nela na mesma hora. Mas pra Billie não foi o suficiente. Ela queria que eu desse um mata leão na mulher e de preferência enterrasse ali também.
Quando voltei pra mesa em que Billie estava sentada tomando um vinho, ela já não olhava na minha cara. E se olhava, era com aquele olhar que se fosse uma arma, me matava ali mesmo.
Era pra eu sentir tesão com sua pose de brava? Porque eu estava.
- Só quero saber o que eu fiz, Bill. Odeio quando você fica assim. - disse baixo, voltando a atenção pro trânsito.
Ouvi seu suspiro irritado ao meu lado, enquanto ela cruzava as pernas. Por consequência, seu vestido justo subiu, me dando uma bela visão de suas coxas brancas e grossas.
Sentia meu pau dar sinal de vida só por isso. O erro é sentir tesão quando sua mulher quer te matar.
Continuei o trajeto até minha casa em completo silêncio, não demorando pra chegar em meu condomínio.
Quando entrei no meu condomínio e cheguei em minha casa, abri o portão com o controle e estacionei o mesmo na minha garagem.
Billie mal me deixou estacionar. Quando vi, já estava saindo que nem um furacão de dentro do carro e batendo a porta com força.
Aquela batida doeu bem no meu coração, mas nem reclamei. Capaz de me matar aqui mesmo.
Fechei o portão com o controle enquanto suspirava, logo desligando o carro e saindo do mesmo.