Capítulo 3

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- Hoje nós iremos aprender o feitiço Aculeo - Kristoffer Gunnar, o professor de feitiços da Blackwood Academy, anunciou - é um feitiço de paralisação, que pode ser utilizado para autodefesa. Caso estejam sendo atacados, podem usá-lo, o que fará com que seu inimigo fique parado onde está no mesmo segundo.

Enquanto o homem norueguês com cerca de trinta anos de idade, possuidor de uma pele branca; de olhos de um azul elétrico e cabelos loiros, explicava para uma sala de, mais ou menos, quarenta aspirantes a bruxas e bruxos como funcionava o feitiço que iria ensiná-los a lançar na aula de hoje, Sasha se encontrava nas últimas carteiras da sala de aula destinada para as aulas do professor Gunnar.

O local era do tamanho de metade do salão principal, grande o suficiente para que as carteiras duplas, feitas de madeira de carvalho que eram colocadas em degraus semelhantes ao estilo das arquibancadas dos ginásios ou como os dos assentos de um auditório ou as carteiras de uma faculdade, fossem postas em círculo e ainda assim houvesse um espaço razoável em seu centro para que o professor conseguisse demonstrar os feitiços durante suas aulas.

A garota de pele pálida e sardas nas bochechas se sentava em uma das carteiras mais altas, com o cotovelo direito apoiado em cima da carteira ao mesmo tempo que seu queixo repousava na palma de sua mão. Sua dupla de carteira era ninguém e ninguém mais do que um de seus amigos mais queridos, que se encontrava com os braços cruzados sobre a mesa e com a cabeça repousada nos mesmos.

Nathaniel Fontainelles, um garoto de cabelos curtos de cor azul claro; olhos verdes com pequenos toques de amarelo em volta de sua íris; pele branca; com 1,72 de altura; um porte físico que não é nem magro nem gordo, algo que estava entre ambos os biotipos de corpo; que veio da França, mais especificamente de Paris, junto com sua irmã mais velha. O azulado gostava de ser chamado de Nath ou Nathan, tanto por seus amigos quanto por seus familiares. Possuía uma personalidade extremamente gentil, bondosa e alegre. É bom com conselhos, sempre está disponível quando as pessoas que importam para si precisam de sua ajuda, se distraia com uma facilidade gigantesca e as vezes é um pouco hiperativo, podendo ser bem irritante quando quer.

- Se eu dissesse que deveríamos fazer uma festa do pijama com a Aimee, no dormitório de vocês - o francês começou a falar com a ruiva o mais baixo que conseguia para que não fossem repreendidos, usando seu dedo indicador para desenhar círculos imaginários na madeira - o que você diria? - questionou. A aluna de magia sabia que aquilo não era um simples cenário hipotético.

- Diria que primeiro teríamos que bolar um plano para você não acabar sendo pego pelo ciclope, ser levado para a diretoria e levar uma suspensão ou até mesmo ser expulso daqui - respondeu tranquilamente, no mesmo tom sussurrado do amigo, enquanto lutava contra a sonolência que ameaçava tomar conta de si - tirando, é claro, a pequena chance de o ciclope te confundir com uma ameaça de verdade e te matar.

- Você é tão pessimista - falou, um bico manhoso se formou em seus lábios.

- Não, eu estou sendo realista - retrucou, tomando cuidado para que sua voz não saísse muito elevada, olhando na direção do outro com uma expressão rabugenta em seu rosto - se quer ser morto por um ciclope ou ser expulso daqui, então vá em frente e invada o dormitório feminino, espertalhão - ela o desafio.

- É claro que não vou fazer isso - revirou os olhos verde-amarelados em resposta as falas da amiga - não sou maluco.

- Tenho que discordar disso - murmurou, olhando para frente novamente.

- Só estou dizendo que você leva tudo para o lado ruim - continuou a falar, ignorando completamente o que a cacheada havia murmurado. De qualquer forma, aquela não era a primeira vez que ela o chamava de maluco ou de qualquer um de seus sinônimos mesmo.

A mágica das estrelas nos seus olhos (Clareira encantada: livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora