CAPÍTULO 5 O DIAMANTE

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Há um ponto de nossas vidas em que todos temos medo de morrer. Para alguns, isso acontece no primeiro momento em que entendemos completamente o que a morte significa – antes que a depressão, a ansiedade e outros problemas de saúde mental surjam.

Para outros, é antes de encontrarem algo em que acreditar ‒ seja Deus ou algo espiritual.

E há aqueles que se debatem pela vida, apavorados com o dia em que darão seu último suspiro. Acho que alguns não têm tanto medo da morte em si, mas sim de como vão morrer.

Então, como vou morrer?

Será doloroso? Vou sofrer? Estarei apavorada?

Gigi sentiu todas essas coisas quando foi assassinada por um homem em quem confiava e, provavelmente, se importava bastante.

Quando ela começou um caso com sua stalker , Sunmi, isso não apenas destruiu seu casamento, mas tirou sua vida. Porém não por sua stalker ou por seu marido, como seria de se esperar, mas pelo melhor amigo dele, Frank Seinburg.

Por muito tempo, estive convencida de que teria uma morte semelhante nas mãos da minha própria stalker. Em vez disso, cedi ao seu sombrio escrutínio e me vi amando-a.

Tentei tanto fugir dela, e agora tudo o que quero fazer é correr para ela.

Durante o resto da viagem, fiquei em silêncio. Pelo menos verbalmente - meus dentes bateram o caminho todo e, eventualmente, um dos homens ficou irritado e aumentou o aquecedor do carro.

Uma quantidade imperceptível de tempo passa antes de pararmos, o medo se instalando profundamente em minhas entranhas. Endureço minha espinha e espero enquanto os dois homens saem da van, as portas batendo em uníssono.

Então, a porta à minha esquerda se abre, convidando uma brisa gelada a entrar. Uma mão áspera e calejada envolve meu braço e puxa. Parece que o Ceifador está me segurando, me escoltando para a minha morte.

—Ai! — solto, à beira de gritar de tanto que dói me mover. Ele me ignora e rosna:

—Vamos. — Essa é a voz de Rick.

Seu aperto no meu braço é desnecessariamente forte me arrastar para fora do veículo. Como se uma mulher que acabou de sofrer um grave acidente de carro e está cheia de ferimentos fosse dominá-lo e fugir.

Nem sei onde diabos estamos.

Uma rajada de vento gelado sopra, enviando outra onda de arrepios pelo meu corpo. Meus dentes começam a bater novamente, o frio se tornando quase insuportável.

O saco preto é arrancado da minha cabeça, e eu me encolho com a luz forte. Está cinzento lá fora, mas como não vejo a luz do dia há um bom tempo, meus olhos estão sensíveis.

Apertando os olhos, meu olhar salta imediatamente para a monstruosidade que se eleva diante de mim.

Rick abre o braço em direção à casa colonial de dois andares, apresentando a casa como se eu estivesse em um restaurante cinco estrelas e ele estivesse puxando a tampa da minha bandeja para revelar a melhor refeição que já comi. Nunca estive em um lugar tão chique, mas, pelos vídeos que vi na internet, parece um monte de porções infantis de espuma e palitos embrulhados em carne.

Então, não é atraente.

A casa não está tão degradada quanto eu pensei, mas ainda não está na sua melhor forma. Trepadeiras de musgo sobem pelos painéis brancos rachados, me lembrando um pouco do Casarão Peaches. Só não tão... bonita. Está descolorida, com tábuas nas janelas, uma varanda despencando e... isso é fita adesiva?

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora