CAPÍTULO 40 O DIAMANTE

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—Deixe-me falar com ela — exijo pelo telefone, mergulhando minha mão trêmula pelo meu cabelo.

—Jiwoo, estou cansado de ter essa conversa. É melhor você dar algum espaço para sua mãe agora — papai responde, parecendo exausto.

—Então, vamos parar com isso! — grito.

Nós só estamos conversando por um maldito minuto, e é culpa dele que não deu o telefone para minha mãe. Eu tentei todos os dias desde que ela voltou para casa, e ele não cedeu. Eu até cheguei a dirigir até lá, mas ele não me deixou entrar.

Teddy a manteve por mais de uma semana, monitorando-a e cuidando lentamente de sua saúde.

Ela estava desacordada quase o tempo todo. E das poucas vezes que ela acordou, acho que ela não se lembrava de muito. Ela estava confusa e desorientada, e com muita dor.

Papai, Sooyoung e eu ficamos ao lado dela a semana inteira, enquanto Yeojin foi para casa com seus capangas. Levaram quatro horas para reaparecer, e no segundo em que o fizeram, ela estava de volta ao seu antigo eu. Tenho certeza de que eles fizeram muitas orgias enquanto estávamos fora.

Assim que Teddy sentiu que mamãe estava estável e poderia se recuperar em casa, Sooyoung nos levou de volta para a casa deles. Sua equipe cuidou dos corpos e chegou a restaurar a casa ao seu estado anterior. Acho que papai ficou abalado quando entrou, e parecia que nada tinha acontecido.

Ele deixou Sooyoung e eu ajudarmos a mamãe a se acomodar na cama e logo nos expulsou. Isso foi há cinco dias, e ele ainda não me deixa ver ou falar com ela.

Meu único alívio é que ele deixará Jungeun entrar, pensando que ela foi removida da minha vida criminosa ou algo assim. Mas agora, não tenho certeza se ele ainda vai permitir isso.

—Por quê? Ela mesma disse isso ou é uma decisão que você está tomando?

—Eu sei o que é melhor para a porra da minha esposa — retruca ele, sua raiva aumentando. Mas eu não me encolho como normalmente faria. Eu disse à mamãe que essa versão minha havia desaparecido, e era a verdade.

—Então, o que você está dizendo é que eu não sou boa para ela — concluo, minha voz tremendo de raiva. Meu punho se curva, e a vontade de mandá-lo voando para a parede quase me supera.

—Você e aquela sua namorada — papai corrige. — Eu concordei em não ir à polícia sobre toda essa situação. Mas isso não significa que vou permitir que vocês duas estejam na vida dela se for isso que vai acontecer. Se você quer se foder e se tornar uma criminosa, tudo bem, mas não nos envolva nisso.

O telefone desliga um segundo depois, e eu estouro. Soltando um grito frustrado, eu envio meu telefone voando pela sala, bem quando Sooyoung passa pela porta.

Ela para, os olhos rastreando o telefone enquanto ele bate na parede de pedra e cai no chão em pedaços.

—Você quer que eu vá sequestrá-la? — oferece ela.

Eu viro minha cabeça para ela, minha raiva se aprofundando.

—Ele não está me deixando vê-la porque somos criminosas. E sua solução é... cometer outro crime?

—Bem, quando você coloca assim.

Rosnando, eu me afasto dela e corro em direção à varanda, precisando fugir.

O vento quente chicoteia meu cabelo no segundo em que saio, enviando os fios voando ao redor do meu rosto. Isso apenas encarna como me sinto, como Medusa com uma coroa de cobras raivosas.

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora