Eu aperto a ponte do meu nariz e me pergunto quanto Tylenol será necessário para matar uma dor de cabeça induzida por Yeojin.
Ela está, atualmente, em uma porra de uma discussão. Com seu maldito eu.
—Mortis, eu te disse, a polícia está me procurando em todos os lugares. Não podemos sair para passear ou passar algum tempo sozinhos. Estamos presos!
Ela se aquieta, ouvindo o que quer que seu namorado imaginário lhe diga.
Um som descontente sai de sua garganta.
—Também sinto falta dessas coisas, mas é assim que as coisas têm que ser. Timmy, pare de tentar tirar minhas roupas na frente de Sooyoung!
—Se você fizer isso, vou literalmente perder a cabeça — estalo, atirando-lhe um olhar assassino. Já estou a dois segundos de perdê-la de qualquer maneira. Seus olhos saltam para os meus, arregalados de inocência.
—Não é minha culpa! — grita. Ela aponta o dedo para um local aleatório, presumivelmente onde acha que o culpado esteja. — É dele.
Resmungando, esfrego minhas mãos no meu rosto com força. Toda a discussão começou porque Yeojin queria ser a pessoa a plantar os drives USB no escritório de Jimmy Lynch. Eu a lembrei que ela não podia ser vista, e a conversa tomou outro rumo.
Aparentemente, seus capangas queriam ir a uma porra de sex shop a poucos quarteirões do escritório de Jimmy. Eu disse que não, e aqui estamos.
Vê-la em seu elemento, acreditando plenamente que seus capangas são reais, apesar das pessoas dizerem que não são, é tão fascinante quanto triste.
Eu sei que a infância dela foi horrível – tanto que ela criou pessoas para lhe fazerem companhia e ajudá-la a passar por algo incrivelmente difícil. Uma jovem que não conhece nada além de um culto diabólico, vagando por uma cidade estranha sem rumo, sozinha.
Seu cérebro estava se protegendo, e os capangas nasceram.
—Está frio lá fora hoje. Podemos embrulhar você em roupas de inverno, e ninguém vai notar — raciocino com ela. — Mas você não pode ir a nenhum outro lugar. Sem desvios. Sem paradas. Nada. A menos que queira voltar para a ala psiquiátrica.
Ela olha para longe.
—Ouviu isso, Mortis? Então, não tente me convencer a ser malcriada.
Vou ser presa de novo e você nunca mais me verá, pelo resto da vida.
Ele deve ter concordado, porque ela se vira para mim, um sorriso satisfeito no rosto.
—Estamos todos de acordo. Não se preocupe comigo, Sooyoung. Pode confiar em mim.
—Sabe o quê? Acredito em você, matadora de demônios.
Seu sorriso de resposta ilumina o rosto inteiro. E percebo que Yeojin é uma linda garota.
Espero que ela encontre algo real um dia.
***
—Você está ridícula pra caralho — declaro secamente, analisando-a com um olhar crítico.
Ela me encara como se eu a tivesse ferido pessoalmente.
—Por quê? — pergunta, baixando o olhar para sua roupa.
Ela parece uma porra de um Cheetos puff, mas em rosa-neon. Está envolta em várias camadas de roupas, com uma jaqueta bufante três tamanhos maiores, terminando em seus tornozelos e mal escondendo as botas de chuva amarelas de bolinhas. Para completar, está fazendo sua maquiagem novamente; no entanto, ela se esquivou do visual de boneca quebrada. Acho que era uma ferida ainda muito fresca. Felizmente, Jiwoo lhe tem ensinado como aplicar de forma correta, e não estaria tão ruim, se não fosse pela monstruosidade da porra da roupa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
2° Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)
Horror[COMPLETO[ Continuação de Assombrando Jiwoo Dark Romance, Tortura, Violencia grafica, G!p, Hunter e Primal play O DIAMANTE A morte caminha ao meu lado, mas o ceifeiro não é páreo para mim. Estou presa em um mundo cheio de monstros vestidos de homen...