CAPÍTULO 31 O DIAMANTE

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Eu odeio turbulência.

Assim que começo a passar meu batom vermelho nos lábios, o avião balança, e o carmesim está agora na minha maldita bochecha.

Bufando, pego a caixa de lenço umedecido da minha bagagem de mão e limpo.

Xavier voou para Los Angeles ontem à noite, então estamos no jato particular de Sooyoung e na metade do caminho. Temos informações de que estará um clube underground exclusivo hoje à noite, então parecermos ricos é fundamental. Estou ansiosa por rever Xavier, então decidi ocupar meu tempo de voo me preparando, em vez de me afogar na ansiedade e suar por toda a maquiagem.

Isso me faz pensar se Xavier já se sentiu assim. Sua arrogância é uma prova do quão obtuso ele é. Passou vários meses sem ter notícias da Yves e acha que está seguro o suficiente para sair do esconderijo por um fim de semana.

Sinceramente, acho coerente. Se ele pensava que poderia me comprar e me manter como sua escrava sexual pessoal sem que Sooyoung o encontrasse, certamente seria confiante o suficiente para entrar em um clube e pensar que voltaria por vontade própria.

O clube que vai frequentar é voltado para aqueles com desejos obscuros. De acordo com a pesquisa de Sooyoung, todas as mulheres estão lá por vontade própria, o que nos permitirá focar apenas em Xavier.

Isso não é nada menos que uma bênção. Seria muito mais difícil, para nós duas, entrarmos em um lugar onde as mulheres são traficadas ou abusadas e não derrubar o prédio inteiro.

E, honestamente, eu ficaria preocupada com Sooyoung, se fosse o caso. 

Ela efetivamente incendiou o mundo para me encontrar, e não parou, desde então. Rastreou os amigos de Rocco e vários dos convidados que compareceram ao Abate e mandou todos para seis pés abaixo da terra. Bem, tecnicamente, eles agora são poeira ao vento.

Entre treinar e me vigiar, caçar Claire, Xavier, meus captores – e qualquer um que tenha pisado naquela casa –, não sei como ela tem algum espaço para pensar.

Tentou derrubar mais alguns leilões também, mas tracei um limite e exigi que ela trouxesse seus outros mercenários para ocupar seu lugar nesse meio tempo. Não demorou muito para convencê-la, o que só provou o quão exausta estava.

Ela é uma máquina e, ultimamente, tenho tido que coagi-la com sessões de amassos para fazê-la relaxar. Desde a perseguição de carro, a idiota conseguiu me viciar em seus lábios, e não posso nem ficar brava por ser a única coisa que parece nos manter sãs.

— Você está linda — uma voz melódica diz atrás de mim. Eu me viro para encontrar Sooyoung encostada no batente da porta da minissuíte, me observando como se eu fosse um copo do melhor uísque, um que ela mataria por apenas um gole.

— Obrigada — murmuro, passando as mãos nervosamente pelo meu vestido. É vermelho-sangue sem alças, acaba bem abaixo da curva da minha bunda de um lado e, em seguida, afunila para baixo, a seda fluindo para o meu tornozelo.

Isso me lembra o vestido que usei quando ela me levou para a propriedade de Mark, no ano passado. Tenho certeza de que nunca vou olhar para um vestido rosa e não pensar no que ela fez comigo naquele cinema.

Especialmente agora, quando ela está rondando em minha direção com minha lâmina preta e roxa e uma alça na mão, acompanhado por um brilho diabólico em seus olhos.

Estou usando saltos pretos de cinco centímetros, mas, ainda assim, me sinto como uma garotinha ao lado de Sooyoung. 

— Não se esqueça disso — diz ela, segurando a faca e a alça de renda.

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora