CAPÍTULO 7 O DIAMANTE

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— Você traz produtos para a minha casa assim? — Uma mulher assobia acidamente, puxando minha atenção para cima. Estou de costas para um espelho de corpo inteiro, cabeça inclinada sobre o ombro e minha camisa levantada enquanto observo os pontos nas minhas costas. Contusões enormes mancham minha pele, transformando-a em uma cor feia.

Limpando a garganta, deixo cair minha camisa enorme e suja e me viro para encontrar seu olhar de frente.

Na minha frente está uma linda mulher, o rosto coberto de maquiagem e a pele encharcada de perfume cítrico. Um vestido justo adere às suas curvas e um par de saltos de tiras lhe confere uma altura agressiva

Sua roupa não é adequada para este clima, mas ela parece capaz de atravessar uma nevasca descalça e não piscar um olho. Ela parece estar só em seus trinta e poucos anos e, mesmo que seja bonita, parece cansada – desgastada. Andar ao lado do diabo faz isso com você.

Esta deve ser Francesca.

E agora, ela está olhando para mim, punhais sendo atirados de seus olhos castanho-dourados.

Merda. Aqui vamos nós.

Rio se mexe desconfortavelmente, mas não responde à sua pergunta indignada. E essa pequena ação me diz muito. Se você não tem uma razão válida para o seu erro, fique de boca fechada. Talvez, mesmo se fizer isso, ainda a mantenha fechada.

Seus olhos se estreitam e percorrem meu corpo enquanto ela caminha em minha direção, me verificando. Determinando quanto dinheiro eu poderia fazer, provavelmente. 

Estou grata que Rio encontrou algumas roupas no quarto de outra garota, e que não estou mais usando o pijama do hospital. Imagino que a reação dela seria muito pior do que é.

Ela está diante de mim, seu perfume forte fazendo cócegas no meu nariz. Fico em silêncio, observando-a apertar a camisa branca suja e levantá-la. Seu olhar se aguça quando ela vê os hematomas feios colorindo meu torso. Estão por toda parte, e tenho uma sensação doentia de que ela fará de encontrar cada um deles sua missão.

Ela então me circula, um suspiro agudo perfura o ar parado quando nota os dois grandes cortes nas minhas costas.

—O que você fez com ela? — ela rosna.

Rio mantém os olhos em suas botas pretas, manchas de sangue seco ainda nelas.

—Acidente de carro — ele responde.

Estúpido. Vai levar semanas para cicatrizar. Quando os pontos podem ser tirados?

Ele finalmente olha para cima, seus olhos castanho-escuros girando com ódio, mas uma expressão de desculpas no rosto. Que é apenas dirigido para Francesca. Não está nem um pouco arrependido.

—Dr. Garrison disse que de quatro a seis semanas.

Ela sibila e deixa a camisa cair, dando a volta para me encarar.

—Ela está tomando anticoncepcional?

Minhas sobrancelhas se juntam e franzo a testa, me questionando por que ela está perguntando a ele e como diabos Rio saberia disso.

—Garrison disse que ela tem DIU.

Lágrimas começam a se formar, e é preciso esforço para mantê-las contidas. A vontade de vomitar por ter sido tão violada assim. Não fazia ideia de que ele tinha verificado isso, o que significa que o fez enquanto eu estava inconsciente.

Ela cantarola, satisfeita com o fato, e finalmente se dirige a mim de forma direta.

—Você sabe quem eu sou?

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora