EPÍLOGO A CAÇADORA

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Três meses depois 


—Ainda não consegue encontrá-la? — pergunto à Jungeun, olhando para ela enquanto pego minha salada. Eu bato meu garfo em um crouton, e o observo cair do meu prato.

Ela torce os lábios, um lampejo de culpa em seus olhos castanhos.

—Não — ela admite. — Não é de admirar que ela tenha se livrado de um assassinato por tanto tempo. Ela realmente sabe como desaparecer.

Eu aceno com a cabeça, lutando para manter a frustração sob controle. Não é culpa de Jungeun, ou Jinsoul, ou mesmo minha que não podemos encontrá-la. A pequena matadora de demônios sabe como se esconder – ela está fazendo isso há muito tempo para cometer o erro de ser pega uma segunda vez.

Três meses atrás, Yeojin desapareceu. Não sabemos onde ela está, mas sabemos que Kraven está com ela.

Jiwoo disse que quando Kraven veio com Serena para visitar, ela sabia que tinha algo diferente nele. E então, quando Yeojin o viu, foi como ver um fantasma se materializar bem diante de seus olhos.

Eles não falaram muito, provavelmente porque Jiwoo e Serena estavam assistindo, mas aparentemente, eles disseram tudo o que precisavam em silêncio.

Naquela noite, ela saiu enquanto Jiwoo e eu estávamos dormindo. E não vimos nenhum deles, desde então. Kraven também desapareceu sem dizer uma palavra, e tanto a mãe dele quanto a de Jiwoo estão muito preocupadas.

—Ela vai me dar cabelos grisalhos — murmuro, golpeando a verdura com meu garfo.

Jungeun brinca com a argola de ouro na orelha, os cantos dos olhos apertados enquanto ela e Jiwoo trocam um olhar.

Enquanto Yeojin é boa em se esconder, o fato de que meu programa de reconhecimento facial não a viu em uma única câmera por toda a porra do mundo por três meses – as meninas presumiram que ela está morta.

Mas eu me recuso a acreditar nisso. Foda-se isso.

Eu sei que ela está lá fora; eu só gostaria de saber o que diabos ela está fazendo.

—Ela vai aparecer — Jiwoo intervém, embora ela não pareça confiante. Ela pega sua salada e murmura: — Ela sempre sabe como nos surpreender.

Apertando meus lábios, suas palavras me lembram do pequeno segredo que tenho queimando um buraco no meu bolso de trás. Se eu esconder isso dela, não só não serei capaz de viver com isso, mas ela também ficaria magoada se descobrisse. E por mais que eu goste de causar dor em Jiwoo, só é prazeroso quando termina com ela gozando em todo o meu rosto ou pau.

Gemendo internamente, eu mordo engulo e digo:

—Falando em surpresas.

Seus olhos cor de caramelo se erguem em confusão, e eu enfio a mão no bolso, tiro o bilhete e o jogo para ela. Franzindo a testa, ela o pega e lê rapidamente, seus olhos se arregalando enquanto ela registra o que diz.

Lentamente, seu olhar redondo deriva para mim, e eu arqueio uma sobrancelha.

—Estava no correio. Mas acho que ainda preciso ser convencida, se você me perguntar — digo a ela, referindo-me ao bilhete. Sua boca se curva para cima, e a surpresa se transforma em alívio.

E acho que posso viver com ela sendo feliz, mesmo que seja um idiota do caralho que está causando isso. 

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2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora