CAPÍTULO 37 O DIAMANTE

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Eu sou um acumulado de energia nervosa quando Sooyoung entra pela porta do meu quarto. Entre os passos indo e vindo pelo corredor, e minha expectativa de ver Sooyoung, não consegui dormir.

É bem depois da meia-noite agora, e eu estava deitada na cama com nada além de uma camisola preta, me preparando para sua chegada.

Rolando, eu a vejo fechar a porta e começar a se arrastar em direção ao banheiro, enxofre, sangue e fumaça permeando o ar. As portas da minha varanda estão abertas, permitindo a brisa fresca e o brilho da lua.

Eu me sento e ligo as arandelas penduradas acima da minha cama, me sentindo como uma daquelas mulheres sentadas em um quarto escuro como breu, acendendo uma única lâmpada quando o marido traidor entra sorrateiramente pela porta.

O pensamento de traição de Sooyoung é risível, no entanto. Isso sempre será uma coisa com a qual eu nunca teria que me preocupar.

Ela faz uma pausa, inclinando o queixo por cima do ombro para mim.

—É aqui que agimos como um casal, e eu pergunto onde você esteve e por que está chegando em casa tão tarde? — provoco levemente.

As luzes irradiam um brilho amarelo suave, criando um efeito melancólico quando ela coloca a mão sobre o ombro e puxa o moletom sobre a cabeça pelo pescoço, puxando junto a camiseta branca.

Eu mordo meu lábio, meus olhos devorando suas costas macia com curvas definidas que são extremamente sexys com as tatuadas traçando cada linha, e braços com músculos suaves dilatando a cada movimento.

—Claro, querida — diz ela baixinho. — Mas nós duas sabemos que meu pau pertence apenas a você.

—Bom, então você sabe que eu posso removê-lo de seu corpo se eu quiser. Já que é meu e tudo mais. 

Ela se vira com um sorriso, nem um pouco preocupada.

Eu cruzo meus braços porque isso foi um insulto. Eu estou muito fodona agora.

—Fiquei presa porque o cara que eu perseguia estava no meio de um aeroporto tentando pegar um voo.

—Como você o pegou sem que ninguém percebesse?

—Emboscada enquanto ele estava mijando. Então, tinha que esvaziar uma mala para enfiar seu corpo.

Eu pisco. Isso parece interessante.

Antes, eu a chamava de perturbada. Doente. Psicótica. Quero dizer, ela ainda é todas essas coisas. Mas já não me repugna como antes. Ou talvez isso nunca tenha acontecido, e eu estava mentindo para mim mesma.

Eu faço muito isso.

—Quem era? — pergunto.

—Algum homem que Jillian me pediu para matar. Costumava ser seu padrasto e abusava dela quando criança — explica ela, tirando as botas e colocando-as ordenadamente no canto da sala.

Não fiquei surpresa ao descobrir que Sooyoung é meticulosa. Ela não parece ser do tipo que deixa sua calcinha suja no meio do quarto por uma semana, ou pratos sujos na pia.

—Bom — murmuro, feliz por ela poder fazer isso por ela. — Ele é o único que você matou esta noite?

—Sim — ela responde simplesmente, arqueando uma sobrancelha.

Concordo com a cabeça e lambo meus lábios secos, nervosa por abordar esse assunto.

—Então, Rio ainda está fugindo de você? Sooyoung olha para mim.

—Eu sei onde ele está, Jiwoo — responde ela, se aproximando de mim, vestindo nada além de seu jeans preto e cinto.

Meu coração para, mas eu me esforço para manter meu rosto em branco.

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora