𝟮𝟳𝟲

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𝐠𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

-Ai Gabriel, só me deixa quieta, cara.- Maria Júlia diz irritada.

-Caralho, cara. Eu não fiz nada.- eu reclamo.

-Mas você tá me irritando. É só não ficar no mesmo ambiente que eu e tá tudo bem.- ela diz.

-E o que que eu tô fazendo pra te irritar?- rebato.

-Não te interessa. Eu não quero olhar na sua cara agora.- ela diz.

-Que luta, Maria Júlia, que luta.- digo irritado também saindo do quarto e indo pra sala.

Me sentei no sofá e fiquei mexendo no celular pra ver se desestressava.

Ela se irrita do nada, chora do nada, fica triste do nada, fica feliz do nada, tudo do nada.

E é óbvio que por morarmos juntos, sermos casados, isso gera muito mais estresse comigo do que com outras pessoas.

Mas ainda assim, ela é má as vezes.

-Me desculpa.- ela aparece aos prantos na sala.

-O que aconteceu?- pergunto sem entender.

-Eu fui muito grossa com você.- ela se senta chorando no sofá.

Meu Deus.

-Eu não queria falar aquilo, eu te amo, por favor não se divorcia de mim.- ela chora mais ainda.

-Amor, eu não vou me divorciar de você, tá tudo bem, relaxa.- digo puxando ela pra um abraço.

-Eu tô me sentindo um monstro, me desculpa.- ela chora mais ainda.

-Você não é um monstro, tá tudo bem, eu prometo.- abraço ela mais forte.

-Porque você tem que ser tão perfeito?- ela volta a chorar mais ainda.

Tô ficando com medo de verdade.

Ficamos abraçados no sofá e é preocupante o tanto que ela demorou a parar de chorar.


-Tô com fome.- ela diz secando o rosto com as mãos e ainda com os olhos inchados.

-O que você quer comer?- pergunto.

-Não sei.- ela volta a chorar.

-Não não não, não precisa chorar. A gente vai descobrir o que você quer comer.- digo secando as lágrimas dela.

Ela comeu um pacote de biscoitos enquanto esperávamos meus pais chegarem pra almoçarmos com eles.

-Tá melhor?- digo depois dela terminar de se arrumar.

-Tô. Que louca que eu tava, né?- ela debocha e eu dou risada.

Pois ela vai estar do mesmo jeito de novo em pouco tempo, só não sabe ainda.

Fomos buscar meus pais e a Dhiovanna no aeroporto e fomos pra um restaurante, Fabinho encontrou a gente lá.

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[...]

-Fábio, você vai lá pra casa sim.- Maju diz irritada.

-Mano, que que tu quer tanto que eu faça na tua casa?- ele pergunta sem entender.

-Você vai.- digo me levantando quando acabamos de comer.

Fomos pra casa e assim que chegamos, Maju pegou as caixinhas que preparou pra anunciar.

Ela fez uma pros meus pais, uma pro Fabinho e uma pra Dhiovanna.

Entregamos pra eles e ficamos parados lado a lado esperando eles abrirem.


-Podem abrir.- Maju ri.


-Ah, tá.- minha mãe entende e da risada.

-MENTIRA.- Dhiovanna grita assim que entende.


-É SÉRIO?- minha mãe grita em seguida.


-Gente, eu ainda não entendi.- Fabinho diz perdido.


-É positivo, Fábio.- Dhiovanna começa a chorar.


-Covid?- ele tampa o nariz com a blusa.


-GRAVIDEZ, SEU IDIOTA.- Dhiovanna diz animada se levantando pra abraçar a gente.


-Meu Deus, que felicidade.- minha mãe corre pra abraçar a Maju.


-Ela não fez sozinha, tá?- digo e só aí a minha mãe vem me abraçar.

Meu pai e Fabinho também abraçaram a Maju e me abraçaram em seguida.

-Gente, que benção.- minha mãe diz secando as lágrimas.

-Vou ser vovô.- meu pai comemora.

-Vou ser a vovó.- minha mãe chora.

-Vou ser titia.- Dhiovanna chora também.

-Ninguém vai falar sobre essas duas crianças cuidando de uma criança?- Fabinho brinca.

Começamos a conversar mais sobre a gravidez e a responder as perguntas deles.

-3 MESES? Cara, tá sem barriga nenhuma, Maju.- minha mãe diz e a Maju ri.

-Aonde você estavam com a cabeça de descobrir só depois de 2 meses?- Dhiovanna diz indignada.

-A cabeça do Gabriel eu sei aonde tava.- Fabinho diz e eu dou risada.

-Cara.- Maju diz séria.

-Parei.- digo ficando sério em seguida.


Não ironicamente a minha mãe e a Dhiovanna passaram horas abraçadas na barriga da Maju.

E nem barriga ela tem ainda.


-E como está o humor? Eu fiquei péssima na gravidez do Gabriel.- minha mãe diz.

-Nossa, tá horrível. Eu tô chorando por tudo, ficando com raiva por tudo... tá complicado.- Maju diz.

-Vocês acreditam que ela...- digo e sou interrompido pela minha mãe.

-Ela tem razão.- minha mãe diz.

-Eu nem te falei o que ela fez.- digo indignado.

-Um ser humano está crescendo dentro dela, ela sempre tem razão.- minha mãe defende.

-Até você? Tô ferrado mesmo.- digo.

-E o filho é seu, ela já vai parir, o mínimo que você pode fazer é aguentar uns xingamentos.- Dhiovanna diz.

-Viu só?- Maju debocha e eu dou risada.

-Elas voltam ao normal depois da gravidez, né?- pergunto preocupado pro meu pai.

-Voltam, relaxa.- ele diz rindo.

Ficamos conversando o dia todo e a noite pedimos hambúrguer pra comer.

Todos dormiram aqui, até o Fabinho.

Ele mora a 20 minutos daqui? Sim.

Mas deixa ele.

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não te amo.- gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora