não te amo.- gabriel barbosa

𝟯𝟬𝟰

𝐠𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Maria Júlia tá simplesmente inexplicavelmente bêbada.

A querida achou que ainda tinha o mesmo pique de antes, sendo que tá sem beber a 1 ano.

Agora ela tá sentada num sofazinho e todos do grupo estão ao redor dela.

-Amor, vamos?- pergunto.

-Gabriel, eu tô muito bêbada.- ela diz embolando a voz.

-Nem percebemos, Maju.- Fabinho debocha.

-Eu não consigo levantar.- ela choraminga e me vem uma vontade absurda de rir.

-Eu te levo.- digo rindo e tentando puxar ela.

-Gabriel, não dá.- ela diz mole.

-Fudeu.- digo passando a mão na barba.

-Pede uma maca pra levar ela.- Éverton diz.

-Se vocês fizerem isso eu mato vocês.- ela diz.

-Amiga, mas se você não consegue andar, como que você vai embora?- Marília fala com ela.

-Eu consigo levantar.- ela diz se levantando rapidamente e indo com tudo pro chão.

Não deu pra não rir.

Gargalhamos.

-Isso vai doer amanhã.- digo levantando ela.

-Eu quero ir pra casa.- ela choraminga.

-E como que eu vou te tirar daqui?- olho pra ela sem saber o que fazer.

-A bêbada sou eu, não me peça pra resolver nada.- ela embola toda a voz.

Passamos papo de 20 minutos tentando achar uma solução pra isso.

-Amor.- Maju me chama chorando.

-Oi.- respondo.

-Eu esqueci meu nome.- ela chora.

-Misericórdia.- começo a rir.

-Eu não lembro.- ela chora me fazendo rir mais ainda.

-Amor, seu nome é Maria Júlia.- digo tentando parar de rir.

-Vamos pra casa, vamos ver a Liz, tomar um banho e depois dormir.- digo calmo.

-Quem é Liz?- ela pergunta séria.

Meu Deus.

-Nossa filha, amor.- digo tentando não rir.

-A gente tem uma filha?- ela se assusta.

-Temos.- digo rindo.